A Justiça teve que usar força policial para penhorar bens na casa do cantor sertanejo Hudson, que tem a dupla com Edson. A ação aconteceu em Limeira, no interior de São Paulo. As informações são do colunista Rogério Gentile. De acordo com o jornalista, a ordem de penhora foi dada pelo juiz Guilherme Silveira Teixeira em um processo movido pelo ex-empresário da dupla, Wagner Mendes da Cunha, que cobra uma dívida dos cantores calculada em cerca de R$ 9 milhões.

O valor se refere a uma multa, acrescida de juros, pelo descumprimento de um contrato assinado pelos sertanejos com o empresário em 2009. A ação policial ocorreu no dia 27 de maio, por volta das 10 horas da manhã, e tinha autorização para, inclusive, arrombar o imóvel e eventuais cofres, se o acesso fosse dificultado ao oficial de Justiça encarregado de realizar a penhora.

“Caso estritamente necessário, fica deferida ordem de concurso policial e ordem de arrombamento, inclusive de cofres eventualmente existentes”, escreveu o magistrado. Três carros da polícia foram enviados ao condomínio do cantor.

Em representação enviada à Justiça, os advogados de Hudson disseram que “um batalhão de policiais” acompanhou o oficial de Justiça e que “houve um claro “abuso de autoridade”.

A defesa do cantor destacou que uso da força policial havia sido autorizado apenas em caso de “estrita necessidade”, ou seja, se houvesse algum tipo de resistência à penhora. “A penhora se transformou em uma operação policial, em verdadeiro ato de terrorismo em seu nome [o do juiz], inclusive com ameaças feitas aos colaboradores da portaria, que apenas realizavam seus serviços diários”, reclamou a defesa de Hudson.

Em relação à dívida, Hudson disse à Justiça que, “devido ao estado lastimável de saúde em que se encontrava” à época do acordo com o empresário, assinou o contrato “sem qualquer conhecimento a respeito do teor das cláusulas”.

O cantor disse no documento que “é notória” a sua dependência química, de “drogas e álcool, especialmente na época da assinatura do contrato”.

O contrato também foi assinado por Edson, irmão e parceiro de Hudson.

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