“A expressão da arte dele é a cultura originária e a valorização da cultura identitária. O que ele faz é uma forma de resistência, em 40 anos de carreira ele atravessou vários períodos políticos e vários ‘Brasis’, e hoje ainda precisamos falar sobre os nossos povos originários”, disse Cléia Viana, diretora do espetáculo e curadora da exposição ‘Acordes Visuais’.
Rui Machado sempre levou a Amazônia em suas composições, colecionando recordações de carinho e reconhecimento de sua arte e doação.
“Ao longo desses anos coleciono cartas e textos de pessoas importantes do Amazonas e do Brasil, amigos queridos como o cacique David Kopenawa, do diretor Global do Fórum do Meio Ambiente, carta da embaixada dos Estados Unidos e de Portugal, carta da escritora brasileira Nélida Piñón e tantos outros, e agora vamos dividir alguns trechos dessas lembranças com o público no espetáculo”, declarou Machado.
‘Acordes Visuais’
O evento está marcado para o dia 18 de agosto no Teatro Amazonas, um dia após o aniversário de Rui Machado.
Além do espetáculo musical gratuito, a programação conta com exposição de quadros no hall e um vídeo que ficará disponível nas redes sociais do artista (@ruimachadoam).
Aqueles que não puderem estar presente, o espetáculo musical ‘Acordes Visuais’ será transmitido pela TV Encontro das Águas.
Rui Machado
Rui Machado realizou sua primeira exposição em 1982 no hall do Teatro Amazonas, com o nome “Travessia”, com apoio do jornalista Carlos Aguiar e apresentação do artista plástico Moacir Andrade. Seu primeiro prêmio de pintura veio no mesmo ano com o ‘Quadro Travessia’.
Em 1984 lançou o livro ‘Anjos e Mistérios’, com apresentação da escritora Cacilda Barbosa e orelha assinada por Áureo Mello. Em 2017 ganhou seu primeiro prêmio de música, com a canção ‘Remando Estrelas’ em parceria com Valdo Cavalcante.