“É raríssimo. Pesquisas preliminares mostram que só houve 20 casos assim na literatura médica”, explicou ao Metrópoles o médico Túlio Franco, da Faculdade Morgana Potrich (Famp), que acompanha o caso.
A jovem mãe já tem uma filha mais velha e pretende ficar grávida novamente. Ela contou ao Metrópoles que os bebês começaram a se formar em épocas diferentes na barriga, o que já chamou atenção.
“Eu achava estranho porque um era mais gordinho e outro mais magro. O pai resolveu fazer o DNA, só que um era dele e o outro não”, lembrou a mulher. O exame foi feito quando os bebês tinham 8 meses.
Ela então procurou o outro parceiro, que deu o exame positivo, mas ele não quis assumir a criança e se mudou para outro estado. O primeiro pai identificado aceitou registrar as duas crianças e está fazendo o pagamento de pensão alimentícia.
Gravidez de risco
“Quando ia fazer ultrassom, as semanas eram diferentes. Um bebê queria nascer e o outro não. Foi gravidez de risco. Eu tive pré-eclâmpsia. Fui internada em Goiânia um monte de tempo, pensei que não ia sair viva”, lembrou a mãe.
Cientificamente, o nome desse tipo de gravidez é superfecundação heteropaternal. Segundo o médico Túlio Franco, o espermatozóide de um parceiro fecundou um óvulo e o espermatozóide de outro parceiro fecundo o outro.
Os bebês seguem saudáveis e são acompanhados por um grupo de estudantes da universidade. Eles já estão com um ano de vida. Com informações de Metrópoles.
