Foto: Jose Breton/Pics Action/NurPhoto via Getty Images

Por alegação de problemas na saúde mental, 15 jogadoras pediram dispensa da seleção da Espanha feminina. A dispensa foi pedida através de um e-mail padrão para a Real Federação Espanhola de Futebol (RFEF) no mesmo momento sob a alegação de problemas com saúde mental.

Além disso, o pedido de dispensa se deu após Luis Rubiales, presidente da instituição, se recusar a demitir Jorge Vilda, técnico da seleção. A relação conturbada do treinador com as jogadoras vem desde julho deste ano, data da última convocação para a disputa da Eurocopa feminina.

As jogadores em questão são: Andrea Pereira (América-MEX), Ainhoa Vicente Moraza (Atlético de Madrid-ESP), Lola Gallardo (Atlético de Madrid-ESP), Patri Guijarro (Barcelona-ESP), Mapi León (Barcelona-ESP), Claudia Pina (Barcelona-ESP), Aitana Bonmatí (Barcelona-ESP), Mariona Caldentey (Barcelona-ESP), Sandra Paños (Barcelona-ESP), Lucía García (Manchester United-ING), Ona Batlle (Manchester United-ING), Leila Ouahabi (Manchester City-ING), Laia Aleixandri (Manchester City-ING), Nerea Eizaguirre (Real Sociedad-ESP) e Amaiur Sarriegi (Real Sociedad-ESP).

Segundo Ana Álvarez, diretora da categoria feminina, as jogadoras não concordam com a metodologia de trabalho de Jorge Vilda, que tem contrato com a seleção até 2024.

“Elas não concordam com o treinador e dizem que é um tema meramente desportivo. Não acreditam na metodologia e nem concordam com ela” disse Ana.

“O presidente sabe dessas informações e é franco sobre o técnico. Recebemos muita pressão, mas temos claro o lugar de cada um” completou.

A federação espanhola declarou que não irá ceder a pressão e que a recusa é “uma infração muito grave e pode acarretar em sanções de dois a cinco anos de desqualificação”. Porém, no momento a ideia é que não chegue a este ponto.

Confira o e-mail enviado pelas atletas

“Venho por este meio informar que devido aos últimos acontecimentos ocorridos na equipe espanhola e à situação causada, coisas das quais vocês têm conhecimento, estão afetando significativamente o meu estado emocional e, portanto, a minha saúde.

Por tudo isto, neste momento não me vejo em condições de ser uma jogadora à disposição para a nossa seleção e por isso peço que não seja convocada até que esta situação seja revertida. O meu compromisso com a equipe no passado, presente e futuro foi, é e será absoluto, e sou a primeira a buscar os melhores resultados esportivos para a seleção. Permaneço inteiramente à disposição para o que considerarem oportuno, sempre com o objetivo de buscar o melhor para a nossa seleção”, encerra o comunicado, enviado de forma padrão por todas as jogadoras. (Metrópoles)

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