
Líderes mundiais do G7, grupo que inclui as sete maiores economias do mundo, convocaram uma reunião de emergência após novos ataques da Rússia a várias cidades ucranianas nesta segunda-feira (10/10). No encontro, marcado para terça (11/10), chefes de Estado pretendem discutir — com a presença do presidente da Ucrânia, Volodymyr Zelensky — a escalada do conflito no Leste Europeu.
A convocação ocorre em meio à preocupação global com a extensa ofensiva russa nesta manhã, um dos maiores ataques desde o início da guerra, que mirou pelo menos 10 cidades em território ucraniano.
Os bombardeios ocorreram em retaliação à explosão que derrubou um trecho da ponte que liga a Península da Crimeia ao território continental russo, no último sábado (8/10).
Nas redes sociais, Zelensky afirmou ter conversado por telefone com a primeira-ministra do Reino Unido, Liz Truss, com o presidente da França, Emmanuel Macron, e com o chanceler alemão e atual presidente do G7, Olaf Scholz. Os líderes mundiais prometeram intensificar a cooperação com a Ucrânia após os ataques.
“Firmei acordo com o primeiro-ministro da Alemanha, Olaf Scholz, que ocupa a presidência do G7, para uma reunião urgente do grupo”, disse Zelensky. “Também discutimos a questão do aumento da pressão sobre a [Rússia] e ajuda na restauração da infraestrutura danificada”.
Scholz confirmou que os países da Europa estão firmemente ao lado da Ucrânia. “Nenhum de nós aceita as frágeis tentativas da Rússia de tomar partes da Ucrânia em violação do direito internacional”.
Preocupação mundial
A comunidade internacional viu com preocupação a ofensiva desta segunda, inclusive, países historicamente aliados à Rússia, como China e Índia. As duas nações, que aliviaram as sanções econômicas impostas ao Kremlin com a compra do petróleo, têm buscado manter distância do conflito, ainda que evitem tecer críticas a Putin diretamente.
Porta-voz do Ministério das Relações Exteriores chinês, Mao Ning defendeu em entrevista coletiva que “todos os países merecem respeito a sua soberania e integridade territorial”, e justificou que “deve ser dado apoio a todos os esforços que conduzam à resolução pacífica da crise”.
O representante da Índia, Arindam Bagchi, reforçou a “profunda preocupação” do governo indiano com o agravamento do conflito e informou que pretende apoiar os esforços para conter embates em território ucraniano.
Escalada do conflito
A Rússia voltou a intensificar os ataques contra a Ucrânia, nesta segunda-feira (10/10). O governo ucraniano confirmou que explosões deixaram mortos e feridos em Kiev, capital do país.
De acordo com a polícia de Kiev, 11 pessoas morreram na investida contra o distrito central de Shevchenkivskyi e 60 ficaram feridas. (Metrópoles)