Divulgação / Semsa

A Prefeitura de Manaus está trabalhando para manter a redução na taxa de gravidez na adolescência registrada na capital, que vem caindo de forma significativa nos últimos seis anos. A Secretaria Municipal de Saúde (Semsa) aponta que a taxa, que representa a proporção entre o número de mães de 10 a 19 anos e o número de nascidos vivos, estava em 20,06% em 2016, e chegou a 16,26% em 2021.

A secretária municipal de Saúde, Shádia Fraxe, informa que o município vem atingindo números menores a cada ano, com taxa de 20,06% em 2016, proporção que caiu para 19,20% (2017), para 18,63% (2018), 17,75% (2019), 17,22% (2020) e chegou a 16,26% (2021). O cenário é resultado de inúmeras ações em conjunto voltadas para a atenção à saúde do adolescente.

“Nossa rede está cada vez mais preparada para receber o público jovem e dar todas as orientações necessárias para que a gravidez na adolescência seja evitada, de forma segura e saudável. As estratégias englobam ações educativas voltadas a esse público e serviços de planejamento familiar, que incluem a oferta de diversos métodos contraceptivos, como preservativos e anticoncepcionais”, afirma Shádia.

A enfermeira Patrícia Marques, gerente de Ciclos de Vida da Semsa, explica que uma das principais consequências da gravidez na adolescência é o abandono dos estudos, problema que pode impactar tanto a vida da mãe quanto a do bebê.

“Apesar das exceções, as adolescentes que se tornam mães podem deixar de ter um futuro promissor, porque param de estudar, não cursam uma faculdade, e acabam se dedicando muito cedo à maternidade. Quando é uma família em situação de vulnerabilidade social, a adolescente pode enfrentar muitas outras dificuldades para criar e manter a criança”, ressaltou.

Assistência

A Semsa encerra, nesta quarta-feira, 19/10, a “Oficina Proteger e Cuidar”, que busca aprimorar o conhecimento dos profissionais de saúde para fortalecer o acolhimento aos adolescentes nas unidades básicas. A atividade, iniciada na terça-feira, 18, é promovida pela Gerência de Ciclos de Vida e Núcleo de Atenção à Saúde da Criança e do Adolescente.

De acordo com Patrícia, um dos principais objetivos da oficina é sensibilizar os servidores de que o adolescente pode receber atendimento nas UBSs, mesmo desacompanhado de um adulto. A medida é recomendada pelo Ministério da Saúde e pela Sociedade Brasileira de Pediatria, para garantir a assistência às jovens que não possuem apoio familiar ou se encontram em situação de vulnerabilidade.

“Estamos qualificando esse atendimento para estimular que os adolescentes procurem a unidade básica e sejam bem acolhidos. Quanto mais ele vai na UBS, mais ele é orientado, informado, e tem acesso aos exames e demais serviços de prevenção ofertados pela Semsa, podendo tirar dúvidas com a equipe médica e de enfermagem”, explica.

Algumas unidades básicas, que observam uma demanda maior no atendimento de adolescentes, também conseguem promover rodas de conversa com esse público, abordando a gravidez nessa faixa etária, uso de drogas, estímulo a hábitos saudáveis, entre outros assuntos.

Participam da oficina cerca de 80 profissionais de saúde, que atuam em 30 Unidades Básicas de Saúde (UBSs) de Manaus. As atividades são realizadas no período matutino e vespertino, na Universidade Paulista (Unip), em parceria com o Fundo das Nações Unidas para a Infância (Unicef).

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