Estou convencido de que tudo, absolutamente tudo, o que somos e o que pensamos, o que temos e o que fazemos, o que desejamos e o que sonhamos, recebe uma força extraordinária quando temos fé.
Basta consultar a Bíblia, a vida dos santos, os profetas, para saber que a fé ajuda bastante diante das tempestades da vida. Os médicos são categóricos: a fé contribui na cura de certas doenças, como o câncer, por exemplo. Tenhamos fé!
Mas atenção! Escrevo aqui não da fé como sistema teológico — até porque não sou teólogo, sou filósofo — mas da fé como vida, da fé como ação-reflexão, ou seja, de um jeito que você não precisa ser religioso para ter fé.
A fé transcende todas as religiões, ela não pertence a nenhuma religião específica. Mente, quem diz o contrário! Ela não fica presa a um sistema doutrinário, institucional. A fé é democrática. Ela possui um abrigo secreto: dentro da nossa alma, onde podemos descansar. A fé ampara as nossas dúvidas mais cruéis, sara as nossas angústias; a fé salva.
Nada abala a vida do homem que tem fé. Para quem acredita, quem têm um porto seguro, a fé é a rocha que tudo suporta; pode abater sobre ela as piores tempestades e ela continua ali, firme e forte.
Ao contrário, a vida do homem que não tem fé tudo é temeroso. Os dias tornam-se sombrios e o futuro é incerto. Nada lhe conforta o coração, pois a vida gira em torno do passageiro e o efêmero é a sua força.
Quando o ser humano consegue unir fé e razão, tudo torna-se pleno e a vida caminha sem sobressaltos. Quando aprendemos a colocar as nossas preocupações nas mãos de Deus, a vida torna-se agradável e realizada.
Uma vida realizada não é necessariamente uma vida sem preocupações, sem responsabilidades, sem nada a fazer. O ócio, a preguiça, não é coisa de Deus! É preciso muito esforço e dedicação para ser bom!
As conquistas, as vitórias, os diplomas, o dinheiro, o sucesso, a casa própria, a saúde, o trabalho, o amor, tudo isso, mas absolutamente tudo, para que aconteça em nossa vida, é preciso que tenhamos fé e sejamos tementes a Deus.
Dessa forma, tudo o que acontece em nossa vida é resultado do nosso relacionamento com Deus, com a Natureza e com os nossos Irmãos. Este tripé indica o caminho de nossa felicidade, pessoal e profissionalmente. Ou seja, fé na vida e respeito mútuo são os caminhos da felicidade humana.
Quem não respeita a si próprio, o outro e a natureza não pode ser considerado uma pessoa de fé, uma pessoa religiosa. Toda religião procura ligar o ser humano com o divino e este objetivo só é alcançado quando o humano é respeitado em sua singularidade.
O respeito é o alimento mais vigoroso da evolução da nossa alma, o que torna o ser humano ético; sem respeito o ser humano torna-se um animal qualquer, perdendo até mesmo a própria dignidade.
Desde a mais tenra infância, a palavra que deve ser ensinada para todas as pessoas é o respeito. Respeito pela religião, pelas opiniões, pela forma de ser, de falar, de comportar-se, do outro. O outro só é outro quando é respeitado!
Respeito é a palavra que deve despertar, exprimir e engajar o cumprimento moral, religioso e cívico de todos; é a palavra que agrega e forma os valores e o deveres mais importantes da nossa vida; e é a única palavra que desenvolve o senso crítico nos incultos.
Fé e respeito não devem ficar apenas nas palavras, na lei, na Bíblia. Devem ser transformados em ação e passar a ser parte integrante da nossa vida. Quem tem fé e é respeitoso torna-se uma pessoa querida, prestigiada. Fé e respeito são os segredos da felicidade humana!
Por fim, fica aqui o meu apelo: que todas as pessoas, especialmente os políticos, os professores, os comunicadores, os artistas, os escritores, os religiosos, os poetas, os cientistas, coloquem em prática essas palavras: fé e respeito. A prática dessas duas palavras nos tornam seres melhores!
Luís Lemos é professor, filósofo e escritor, autor, entre outras obras de, Filhos da Quarentena: A esperança de viver novamente, Editora Viseu, 2021. https://www.editoraviseu.com.br/filhos-da-quarentena-prod.html?___SID=U

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