Beatriz de Almeida Matos, antropóloga e professora da Universidade Federal do Pará (UFPA), assumiu a diretoria do Departamento de Proteção Territorial e de Povos Indígenas Isolados e de Recente Contato, do Ministério dos Povos Indígenas. A nomeação foi publicada no Diário Oficial da União (DOU) pelo ministro da Casa Civil, Rui Costa, nessa terça-feira (14/2).
Beatriz é viúva do indigenista Bruno Pereira, assassinado junto ao jornalista britânico Dom Phillips em junho do ano passado no Vale do Javari.
Na UFPA, Beatriz é professora de antropologia e etnologia indígena do Instituto de Filosofia e Ciências Humanas da universidade.
Com a publicação da nomeação, Beatriz comemorou o novo cargo nas redes sociais.
É uma honra fazer parte desse Ministério. Aceitei o desafio com esperança, alegria e saudade. Vou com ele e vários parceiros para fazermos o que sonhamos juntos. https://t.co/hul1XPHhfr
— Beatriz Matos (@irekaron) February 16, 2023
Assassinato de Dom e Bruno
O indigenista Bruno Pereira e o jornalista Dom Phillips foram assassinados a mando de Rubén Dario da Silva Villar, conhecido como “Colômbia”, no Vale do Javari, no Amazonas. O local é ameaçado pela presença de pescadores ilegais que se aproximam dos territórios dos povos indígenas isolados.
Vale do Javari
Local do assassinato de Dom e Bruno, o Vale do Javari é o palco de uma megaoperação das forças de segurança para retirada de pescadores, caçadores e garimpeiros ilegais da região.
A ação conta com a coordenação dos ministérios da Defesa, Justiça, Povos Indígenas e Direitos Humanos. Além disso, conta com a participação dos agentes da Polícia Federal, Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama), Fundação Nacional dos Povos Indígenas (Funai) e Secretaria Especial de Saúde Indígena (Sesai).