Jucicleia Barbosa morreu abraçada com a filha de 7 anos na tragédia da Comunidade Nova Floresta (Montagem Fato Amazônico)

Os corpos de mãe e filha encontrados abraçados, na noite deste domingo (12), após deslizamento de um barranco na Rua Pingo D’água, Comunidade Nova Floresta, bairro Jorge Teixeira, na Zona Leste de Manaus, foram identificadas na manhã desta segunda-feira (13), como Jucicleia Barbosa de Lima, 31 anos e Eloísa Lima Referino, de apenas 7 anos.

Mãe e filha serão veladas em uma igreja no bairro Jorge Teixeira, próximo ao local do deslizamento.

Antes da tragédia Jucicleia Barbosa ligou a sua mãe identificada como Maria das Graças Gomes Barbosa, que também na Comunidade Nova Floresta e disse que tinha jantado com a filha e iria dormi já que e sua casa estava sem energia elétrica.

Mãe e filha estão entre as oito pessoas, entre elas quatro crianças que morreram na tragédia devido às fortes chuvas que afetaram a capital amazonense neste domingo quando a Defesa Civil registrou 120 ocorrência.

Mas somente à noite por volta de 21h veio a pior delas quando um deslizamento de terra atingiu casas no Jorge Teixeira, na Zona Leste de Manaus.

Foram identificados ainda Cleberson Nunes Barbosa, de 34 anos e sua filha Cableb Mendes Nunes, de apenas 7 anos. Pai e filha serão velados na Igreja Missionária de Aliança e Milagre, no bairro Jorge Teixeira, também nas proximidades de onde ocorreu a tragédia.

Alojadas em Escola

Os moradores que estão desabrigados após o deslizamento de terra que atingiu casas no Jorge Teixeira, na Zona Leste de Manaus, na noite deste domingo (13). De acordo com a Prefeitura de Manaus, eles serão alojados na Escola Municipal Helena Augusta Walcott, Avenida Itaúba, próximo ao local do deslizamento.

Na madrugada desta segunda-feira (12), famílias começaram a ser retiradas da área. Duas retroescavadeiras auxiliam as equipes de busca começou a destruir os barracos que ficam próximos ao local onde ocorreu o deslizamento.

A Prefeitura de Manaus não informou quantas famílias serão abrigadas temporariamente na escola.

De acordo com o prefeito David Almeida a maioria das famílias que moravam no local, que existe há cerca de 5 anos, são venezuelanas, e por isso, não têm documentos, o que dificulta a identificação das vítimas.

Área de risco

O desmoronamento do barranco no Jorge Teixeira ocorreu em uma área  de risco e atingiu aproximadamente 11 casas, que ficavam na parte debaixo do barranco. Nesta parte da cidade, foram 96 milímetros de chuva, muito acima da média.

Conforme levantamento das equipes da Seminf, as chuvas intensas e concentradas em um curto período tornam as encostas suscetíveis aos deslizamentos. O aumento repentino no volume de água recebido pelo solo íngreme provoca o encharcamento do talude e a consequência são os deslizamentos de terra.

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