
O presidente da Câmara Municipal de Manaus (CMM), vereador Caio André, até que se esforçou para justificar, por meio de nota, a sua participação na 15ª edição do Pesca & Companhia Trade Show a ser realizada de 23 a 25 de março, no Pro Magno Centro de Eventos, em São Paulo.
Pelo conteúdo desastroso da nota não resta dúvida de que a “emenda saiu pior do que o soneto”.
Afirma o vereador – se é que foi ele mesmo o autor da nota – com pueril justificativa que a CMM aprovou emenda de recursos destinados à Fundação Municipal de Cultura, Turismo e Eventos (Manauscult), com o objetivo de divulgar o turismo em Manaus, que tem como um dos braços a pesca esportiva.
E completa que a sua participação no evento tem como propósito firmar parceria que possibilite a realização de uma edição da feira em Manaus.
Tudo isso para dizer que a liberação dos recursos autorizados por ele mesmo para três dias na 15ª edição do Pesca & Companhia Trade Show era legal.
Como assim? Será que o nobre vereador desempenha funções inerentes ao legislativo e executivo cumulativamente?
Ou será que o prefeito David Almeida delegou a ele competência para firma parceria com a organização Pesca & Companhia que possibilite a realização de uma edição da feira em Manaus?
Não parece coerente. Afinal, Caio André foi eleito para legislar e não para desempenhar atividades próprias do executivo municipal.
Logo, a nota do presidente da CMM precisa ser retocada, burilada, até mesmo refeita a fim de que ganhe mais clareza e não dê azo à imaginação.
Do contrário, os recursos para despesas com compras de passagens aéreas e diárias para alimentação, transporte e hospedagem precisam ser restituídos aos cofres do município em nome da moralidade pública.







