
A defesa do ex-ministro da Justiça Anderson Torres pediu nesta segunda-feira (10) ao ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), a revogação de sua prisão.
Caso Moraes não coloque Torres em liberdade, a defesa do ex-ministro pede a substituição da prisão por medida menos gravosa, como prisão domiciliar. Torres está preso há 87 dias no Batalhão da Polícia Militar no Guará, após os atos golpistas de 8 de janeiro que culminaram com a invasão e a depredação da sede dos três poderes.
Ele era secretário de segurança pública do Distrito Federal na época dos atentados e se encontrava em viagem nos Estados Unidos quando extremistas invadiram e atacaram o Congresso, o Palácio do Planalto e o Supremo Tribunal Federal (STF).
Conforme informou a coluna, Torres trocou a sua defesa e apostou em uma nova estratégia para sair da prisão. A ideia é criar pontes com o Supremo, se cercando de advogados mais próximos não só do ex-presidente Michel Temer, como do próprio governador do DF, Ibaneis Rocha (MDB), já reabilitado politicamente por decisão de Moraes.
Para os novos advogados de Anderson Torres, a existência da minuta golpista, encontrada em sua casa após uma operação da Polícia Federal, “não pode mais ser empecilho à liberdade” do ex-titular do Ministério da Justiça.
“No que pertine à substância, o simples fato de decretação de Estado de Defesa na sede do TSE soa como medida absurda e teratológica, até mesmo para um leigo”, sustenta a defesa de Anderson Torres.
Em depoimentos à Polícia Federal e ao TSE, Anderson Torres chamou a minuta golpista – que previa uma intervenção na Corte para contestar o resultado legítimo das urnas e a posse de Lula – de “lixo” e “loucura”, mas até agora não conseguiu explicar de forma convincente a autoria do documento – nem como ele parou em sua casa.
Com informações de: O Globo