Professora emérita da Escola de Comunicação da Universidade Federal do Rio de Janeiro, Heloisa Buarque de Hollanda foi eleita, na tarde desta quinta-feira, para a cadeira 30 da Academia Brasileira de Letras. Ela irá ocupar a vaga que ficou aberta em dezembro do ano passado, com a morte, aos 85 anos, da acadêmica Nélida Piñon, primeira mulher a ocupar a presidência da ABL.
Heloisa foi eleita com 34 votos, superando os escritores Oscar Araripe, Denilson Marques da Silva, José Gildo Pereira Borges e José Milton Monteiro Araújo da Silva.
Pesquisadora nas áreas de literatura, feminismo, culturas digital e de periferia e políticas culturais, Heloisa, de 83 anos, é formada em Letras Clássicas pela PUC-Rio e tem mestrado e doutorado em Literatura Brasileira pela UFRJ. Fez pós-doutorado em Sociologia da Cultura na Universidade de Columbia, Estados Unidos. É diretora do Programa Avançado de Cultura Contemporânea (PACC-Letras/UFRJ) e coordena o Laboratório de Tecnologias Sociais, do projeto Universidade das Quebradas.
Ensaísta, crítica literária, antologista e editora, Heloisa tem como obras principais “26 poetas hoje” (de 1976), “Macunaíma da Literatura ao Cinema” (de 1979); “Impressões de Viagem” (de 1979), “Cultura e Participação nos anos 60” (1982), “Pós-Modernismo e Política” (de 1991); “O Feminismo como Crítica da Cultura (de 1994), “Asdrúbal Trouxe o Trombone: memórias de uma trupe solitária de comediantes que abalou os anos 70”, “Explosão Feminista” (2018), coleção “Pensamento Feminista” e “Feminista, Eu?” (de 2022).
Com informações de O Globo