
O presidente do Senado, Rodrigo Pacheco (PSD-MG), defendeu nesta sexta-feira que o Banco Central comece a sinalizar para a redução na taxa básica de juros a partir de um ambiente “próprio” com a nova âncora fiscal e outras reformas. Em entrevista à CNN Brasil, ele também ressaltou que o clamor para a queda nos juros não é exclusivo do presidente Lula.
— A autonomia do BC é um projeto do Senado. Só que mesmo com a autonomia o que pedimos é sensibilidade política. Nós temos muitas reformas já feitas, o arcabouço fiscal muito bem estruturado, que será aprovado. Temos boas perspectivas e um ambiente propício para se começar a sinalização da redução dos juros — disse.
Na reunião de março do Comitê de Política Monetária (Copom), o presidente do BC e os oito diretores não apresentaram perspectiva de redução da Selic no curto prazo.
— É um apelo que nós fizemos ontem, a partir de uma diálogo que deve ser muito republicanos. A taxa de 13,75% ao ano é de fato muito elevada e essa é a compreensão não só do governo Federal, mas também do Congresso Nacional e da própria sociedade. O setor produtivo clama por redução — disse o presidente do Senado.
Atuação técnica
Nesta sexta-feira, o chefe do Banco Central, Roberto Campos Neto, também esteve no evento em Londres, e definiu a pressão para queda nos juros como “elemento político” e defendeu a “atuação técnica” do Banco Central. A fala foi entendida como resposta a Pacheco.
— O timing técnico é diferente do timing político. Por isso que a autonomia é importante, para dar à sociedade a garantia e que a gente tem funcionários sem viés político. O custo de combater a inflação é alto e é sentido primordialmente no curto prazo, mas o custo de não combater a inflação é muito mais alto e perene — afirma.
Com informações de: O Globo










