Preso em Malindi após descoberta dos casos, o pastor Makenzie Nthenge é acusado de usar sua posição para convencer fiéis a entrarem em greve de fome a fim de ver Jesus. O líder religioso, responsável pela Igreja Internacional das Boas Novas, nega as acusações e diz que encerrou as atividades como presbítero em 2019.
No entanto, Nthenge havia sido detido no último mês depois de ser acusado de incentivar o jejum para duas crianças da cidade, que morreram de fome. À época, o pastor pagou fiança equivalente a US$ 740 e foi liberado.
Buscas continuam
Na segunda-feira (24/4), a polícia queniana havia encontrado 70 corpos na floresta Shakahola. Parte deles pertencia a famílias inteiras enterradas em uma mesma vala, com pais e filhos juntos. As autoridades acreditam que ainda existam fiéis escondidos na mata para continuar o jejum e seguem com as buscas.
Durante a operação do último fim de semana, uma mulher foi resgatada viva, com os olhos fora de órbita, enquanto se negava a ingerir qualquer tipo de alimento.
“O que vimos em Sakhola é algo característico de terroristas”, afirmou o presidente queniano, William Ruto, nesta segunda. “Os terroristas usam a religião para promover seus atos hediondos. Pessoas como Mackenzie utilizam a religião para fazer exatamente o mesmo”, criticou.