A Frente Amazônica de Mobilização em Defesa dos Direitos Indígenas (FAMDDI) fez duras críticas à Universidade Federal do Amazonas (UFAM) quanto à sua posição de adesão e chancela à mineração em territórios indígenas.
Segundo a entidade, nascida em 2018 em espaço público da UFAM, para manter a atenção e a mobilização na defesa dos Direitos Indígenas, o posicionamento institucional da Universidade está claramente expresso na assinatura do Protocolo de Intenções com a empresa de mineração Potássio do Brasil, publicado no DOU no dia 27 de março deste ano.
Por meio desta Carta Aberta, a FAMDDI denuncia e questiona o tipo de envolvimento direto da UFAM ao legitimar a pretendida ação da Potássio do Brasil, abstendo-se de questionar as estratégias ilegais de pressão sobre as comunidades Mura adotadas pela referida empresa.
Tanto que representantes do grupo empresarial estão proibidos, pela Justiça, de circularem nos territórios indígenas desse povo sem o consentimento dos Mura.
A posição adotada pela UFAM, segundo a entidade, corrobora com um projeto que poderá abrir precedente para a mineração em territórios indígenas no geral, afetando não só o povo Mura, mas outros tantos povos indígenas que vivem situações de ameaças similares.
Veja CARTA ABERTA À DIREÇÃO DA UNIVERSIDADE FEDERAL DO AMAZONAS