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Um estudo realizado por pesquisadores da Universidade de Uppsala, na Suécia, mostrou que comidas ultraprocessadas ou muito gordurosas são prejudiciais à qualidade do sono. Os pesquisadores observaram que hábitos alimentares ruins, como o consumo rotineiro de junk food, são capazes de impedir as pessoas de alcançarem o sono profundo.

Liderado por um biomédico brasileiro, Luiz Eduardo Mateus Brandão, o trabalho foi publicado na revista especializada Obesity no dia 28 de maio.

Já se sabia que a alimentação tem um papel na qualidade do sono, mas o estudo avançou ao relacionar a comida ruim com a incapacidade de atingir as frequências mais profundas do sono. Além disso, de acordo com a investigação, uma noite de alimentação desregrada já é o suficiente para afetar o ritmo do sono.

De acordo com a pesquisa, o sono de alguém que come mal pode ser comparado em qualidade com o de alguém que tem insônia. “Essencialmente, a dieta pouco saudável resultou em um sono pouco profundo e superficial. Mudanças no sono semelhantes a estas ocorrem com o envelhecimento e em condições como a insônia”, disse Jonathan Cedernaes, professor orientador do estudo, ao site da universidade.

Como a pesquisa foi feita?

A pesquisa comparou os níveis de sono de 15 homens jovens. Eles foram divididos em dois grupos, o primeiro com uma dieta baseada em comidas de estilo de fast-food e outro com uma dieta mais equilibrada. Todos os voluntários tiveram a qualidade de sono monitorada em laboratório durante uma semana.

As duas dietas tinham uma quantidade semelhante de calorias, mas a versão menos saudável continha o dobro dos níveis de açúcar (17,6% em relação aos 9,6% das calorias do grupo saudável) e gordura saturada (44,4% em vez de 23%).

O primeiro grupo recebeu iogurte adocicado, pasta com cremes de queijo e ketchup, pizza e sobremesa de chocolate. Enquanto isso, o outro, com uma alimentação pensada para a qualidade do sono, comeu iogurte desnatado, macarrão, salada, salmão e peras.

Foi analisada tanto a qualidade quanto a duração do sono. Ainda que a duração de sono dos participantes não parece ter sido afetada, com ambos dormindo em média sete horas, a qualidade do descanso dos pacientes estudados que se alimentaram mal foi muito inferior.

Eles tiveram ondas de sono mais oscilantes e altas, o que revela a incapacidade de chegar a um nível de sono profundo.

Com informações de Metrópoles

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