A Prefeitura do município de Presidente Figueiredo mostrada pelo Programa Norte Investigação, transmitido pela TV Norte Amazonas, funciona, hoje, como uma espécie de “feudo” da prefeita Patrícia Lopes e família.

Desde 2021 – início da atua administração -, a roda que movimenta a estrutura da prefeitura gira segundo a vontade e os interesses da família Lopes.

Nomeações, licitações recendendo a trapaça, contratos, obras e etc. e tal – tudo passa necessariamente pelo conselho familiar cuidado por Patrícia.

A tia Eliandra Miranda dos Santos Rocha, por exemplo, foi premiada com o cargo de subsecretária de turismo do município; o esposo Bruno Maia, mesmo sem função e cargo definidos, é o seu braço direito nas decisões nada republicanas do feudo no curso de quase quatro anos.

O irmão Germano Lopes Miranda, nomeado para a subsecretária de obras, renunciou o cargo para cuidar de outros interesses mais vantajosos e relevante do feudo familiar.

Com a irmã no comando do orçamento bilionário da prefeitura, consta que Germano adquiriu fazendas “a perder de vista”, conforme descrito pela reportagem, além de máquinas que são alugadas para a prefeitura através de terceiros – empresas fantasmas, digamos assim, criadas para facilitar supostas negociatas.

O fascínio da família pelo poder econômico é obsessivo, não tem limites. A voracidade rompe os limites da prefeitura municipal.

Segundo o Programa Norte Investigação, Germano recebeu 9 parcelas do auxílio emergencial do governo durante o período da pandemia, totalizando R$ 4,20 reais.

Enquanto o patrimônio da família cresce desbragadamente, conforme sugere a reportagem, a população reclama, sem resposta, da falta de conservação dos ramais, do asfalto que não chega à área urbana, da coleta irregular do lixo, da saúde e de outros serviços essenciais tão difíceis e distantes nos dias de hoje no município.

De acordo com a reportagem Norte Investigação, em janeiro deste ano a prefeita anunciou a construção de um novo hospital em Presidente Figueiredo. No local, entretanto, apenas uma placa que indica a reforma e ampliação do hospital já existente no valor R$ 4 milhões foi encontrada.

Sobre o enriquecimento da família com aquisição de terrenos e de outros bens, Germano sustentou que tanto ele quanto a prefeita são vítimas de perseguição.

“Eu já fui acusado de ser dono da empresa de lixo e dono de hotel. Nada disso é verdade”, defende-se.

As fazendas, segundo ele, são apenas arrendas para plantio de milho, mamão e outras culturas e que as mesmas pertencem a Cesar Duarte.

Conforme consulta no Diário Oficial dos Municípios, Cesar Duarte foi contratado pela prefeitura de Presidente Figueiredo quando Germano era subsecretário.

Consta que o valor do contrato era de R$ 243,7 mil com dispensa de licitação para aluguel de máquinas e equipamentos veículos leves e pesados para a Secretaria Municipal de Infraestrutura e Serviços Públicos.

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