Foi preciso muita espera, suor, medo e, às vezes, raiva para chegar lá. Em temperaturas próximas a 40°C na terça-feira (30/7), elas agitaram suas enormes bandeiras palestinas no Estádio Olímpico, em Paris. As câmeras oficiais transmitiram seus sorrisos e alegria na tela gigante acima da quadra de basquete 3×3 da Praça da Concórdia.

“É um sonho que se tornou realidade estar na França durante os Jogos Olímpicos“, dizem as 22 esportistas palestinas em uníssono, amadoras e profissionais misturadas, que moram em onze dos dezenove campos de refugiados na Cisjordânia ocupada.

Um sonho repleto de armadilhas, porque assim que adentraram o perímetro das Olimpíadas de Paris, a poucos passos da Place de la Madeleine, uma dúzia de policiais isolou a delegação na calçada da Rue Royale para “verificações”.

“Está muito quente e não entendo por que temos que esperar aqui”, disse uma delas, com a camiseta com uma melancia – símbolo da resistência palestina – colada ao corpo.

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