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A maioria dos indígenas residentes em domicílios particulares convive com pelo menos uma situação de precariedade ou ausência de saneamento básico, que envolve abastecimento de água e destinação de esgoto ou de lixo. Ao todo, 1,1 milhão de indígenas (ou 69,1%) estão inseridos nesse quadro.

Os dados estão presentes no Censo Demográfico 2022 – Indígenas: Alfabetização, registros de nascimentos e características dos domicílios, divulgado pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) nesta sexta-feira (4/10).

O cenário piora quando o recorte é feito nas terras indígenas (TIs).

Segundo o Censo 2022, 120,4 mil residências que abrigam 545,7 mil pessoas (ou 95,6%) não têm nenhuma das condições adequadas de saneamento básico estabelecidas pelo o Plano Nacional de Saneamento Básico (Plansab).

Precariedade

O IBGE indicou três recortes preocupantes sobre o acesso ao saneamento básico por parte da população indígena do Brasil. Confira a seguir:

  • 17,3% dos domicílios com pelo menos um indígena tinham, simultaneamente, as três situações de maior precariedade (falta de abastecimento de água, destinação de esgoto ou de lixo).
  • Nessas residências, vivem 470,2 mil pessoas indígenas (28,8% do total). Para fins de comparação, apenas 3% da população nacional está na mesma situação.
  • Mais da metade (57%) dos domicílios particulares com ao menos um morador indígena nas TIs tem as três situações de maior precariedade. Ou seja, o Brasil tem 355,3 mil indígenas vivendo dessa forma — o que corresponde a 62,2% dos residentes desses locais.
  • Cerca de 55,3% dos moradores indígenas fazem uso da coleta por serviço de limpeza ou depósito em caçamba de serviço de limpeza. Em comparação com a população nacional na mesma situação (90,9%), a taxa é 35,6 pontos percentuais inferior. Com informações de Metrópoles.
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