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O líder supremo do Irã, o aiatolá Ali Khamenei, fez um sermão nesta sexta-feira (4/10) na mesquita Grand Mosalla de Teerã – a primeira vez que ele faz isso em cerca de cinco anos. Na ocasião, ele disse que o ataque do Irã a Israel na terça-feira (1º/10) foi a “punição mínima” para Israel contra seus “crimes espantosos”.

Khamenei, de acordo com citações veiculadas pela BBC News, chamou Israel de regime “vampiro”, acrescentando que a República Islâmica executará “quaisquer deveres relacionados” contra Israel com “força e coragem”.

O Irã lançou mísseis de alta velocidade contra Israel na terça à noite, o maior ataque de Teerã contra seu inimigo regional. Os ataques, que Teerã disse terem como alvo bases militares, foram amplamente frustrados pelas defesas aéreas de Israel com apoio de aliados ocidentais.

Os bombardeios ocorreram depois que Israel assassinou o líder do Hezbollah, Hassan Nasrallah, em ataques a Beirute na sexta-feira (28/9) passada.

Eixo de resistência

Khamenei – a autoridade máxima no Irã – falou para milhares de fiéis, alguns dos quais estão carregando retratos de líderes assassinados do chamado “eixo de resistência” do Irã (que inclui o Hezbollah, os Houthis no Iêmen e vários grupos na Síria e no Iraque) contra Israel e os EUA.

Veja alguns pontos do sermão de Ali Khamenei:

  • O ataque de mísseis do Irã a Israel foi “legal e legítimo”. “A operação de nossas forças armadas algumas noites atrás foi totalmente legal e legítima”, disse ele, acrescentando que seu país não “procrastinaria ou se apressaria em cumprir seu dever” em confrontar Israel.
  • O inimigo do Irã é o mesmo inimigo de um Estado Palestino, do Líbano e de outras nações muçulmanas.
  • Israel está fingindo obter uma vitória estratégica por meio de assassinatos e mortes de civis.
  • O ataque liderado pelo Hamas em 7 de outubro ao sul de Israel, no qual 1,2 mil pessoas foram mortas, foi um “ato legítimo”.
  • “O povo palestino tem o direito legal de se defender. De enfrentar esses criminosos — as forças de ocupação. Não há um único tribunal ou organização internacional que possa culpar o povo palestino por simplesmente defender sua terra natal”.
  • Israel não pode prejudicar seriamente o Hezbollah, o grupo militante libanês, ou o Hamas, o grupo militante palestino.

Com informações do jornal britânico The Guardian.

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