A Polícia Federal deflagrou, no domingo (6/10), duas operações em Boa Vista, Roraima, como parte do combate a crimes eleitorais, especialmente a corrupção eleitoral e a compra de votos, durante as eleições municipais. As ações, denominadas Pronta Resposta 1 e Pronta Resposta 2, resultaram em apreensões e prisões de candidatos e seus aliados.
A operação Pronta Resposta 2 teve início após uma apreensão realizada pela Guarda Municipal no dia 4 de outubro. Durante a ação, foi encontrada uma sacola contendo R$ 66 mil, materiais de propaganda eleitoral da vereadora Juliana Garcia e listas com nomes de possíveis eleitores. No cumprimento de um mandado relacionado à operação, foram confiscados R$ 7.400, uma arma de fogo, munições e equipamentos eletrônicos. A vereadora Juliana Garcia foi presa em flagrante, acusada de corrupção eleitoral, por envolvimento em um esquema de compra de votos.
Já a operação Pronta Resposta 1 foi deflagrada a partir de informações obtidas durante uma ação anterior, também realizada no dia 4 de outubro. Nessa ocasião, 19 pessoas foram presas em flagrante por suspeita de participação em crimes eleitorais. Durante a operação, a Polícia Federal apreendeu aproximadamente R$ 80 mil, três armas de fogo, documentos com listas de possíveis eleitores e equipamentos eletrônicos. Entre os presos, um candidato a vereador foi detido em flagrante por posse ilegal de arma de fogo e corrupção eleitoral.
A Polícia Federal destacou que a compra de votos é uma violação grave ao artigo 299 do Código Eleitoral, que prevê penalidades tanto para aqueles que oferecem ou prometem vantagens em troca de votos quanto para aqueles que aceitam ou solicitam tais benefícios. Essas operações visam garantir a integridade do processo eleitoral e evitar que práticas ilícitas comprometam a escolha dos eleitores.
As investigações continuam, e novas fases das operações podem ser deflagradas, conforme surgem novas evidências e informações sobre a rede de corrupção eleitoral em Boa Vista.