A disputa pelo comando da Prefeitura de Manaus se intensifica com a aproximação do segundo turno. De um lado, Capitão Alberto Neto, candidato do PL, conta com o apoio do ex-presidente Jair Bolsonaro. Do outro, o atual prefeito, David Almeida, do Avante, que reúne o apoio dos senadores Eduardo Braga (MDB) e Omar Aziz (PSD). As trocas de acusações entre os candidatos têm dominado o cenário, sinalizando um embate acirrado e polarizado.

Alberto Neto e sua vice, Maria do Carmo Seffair, atacaram a gestão de Almeida, afirmando que os quatro anos de mandato foram marcados por denúncias de corrupção. Segundo a chapa de Neto, a administração de Almeida foi envolvida em escândalos que beneficiaram diretamente pessoas de seu círculo familiar, como sua noiva, sua sogra e seu genro, utilizando recursos públicos da prefeitura. Os apoiadores de Neto ainda sugerem que esses escândalos são uma prova de favorecimento e malversação de recursos.

Por outro lado, David Almeida respondeu com acusações sobre o passado de Alberto Neto. O prefeito ressaltou que Neto, ex-militar da Polícia Militar, enfrenta uma investigação na Corregedoria da Secretaria de Segurança Pública por acusações de extorsão, questionando a integridade do candidato. Além disso, Almeida fez críticas à postura de Maria do Carmo Seffair, mencionando que ela confessou uma dívida de IPTU e defendeu o não pagamento, o que ele interpreta como uma postura questionável para alguém que busca representar o município.

O cenário atual é de troca de farpas, em que ambos os candidatos tentam desqualificar um ao outro. Enquanto Neto enfatiza a necessidade de “mudança e honestidade” após o que chama de uma gestão marcada por escândalos, Almeida defende a continuidade de seu trabalho e argumenta que as acusações feitas por Neto são manobras políticas para desviar a atenção de suas próprias controvérsias.

Analistas políticos destacam que, com a polarização crescendo, o eleitorado de Manaus se vê diante de uma escolha complicada, onde ambas as campanhas apelam para uma retórica de acusações e defesa. Com o apoio de figuras influentes, como Bolsonaro, Eduardo Braga e Omar Aziz, o embate ganha ainda mais força e atenção.

À medida que o segundo turno se aproxima, a expectativa é que a campanha continue a ser marcada por confrontos, não apenas sobre as questões de corrupção e ética, mas também sobre o futuro da cidade e quais líderes os eleitores desejam para os próximos anos. Resta saber como os eleitores responderão a essa acirrada disputa e quais serão os desdobramentos nas urnas.

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