Nesta quarta-feira (16), a Polícia Federal deflagrou a Operação Espelhum, com o objetivo de desarticular uma organização criminosa dedicada ao tráfico de drogas com atuação em nível nacional e internacional. O foco da operação se concentrou em Manaus, onde funcionários do Aeroporto Internacional Eduardo Gomes são acusados de facilitar o trânsito de entorpecentes em áreas restritas do terminal.
A ação teve início por volta das 6h e contou com uma equipe de agentes que cumpriram mandados judiciais em residências na Rua das Pedreiras, no bairro Compensa 3, na Zona Oeste da capital amazonense.
A investigação aponta que esses funcionários permitiam o ingresso de drogas nas áreas controladas do aeroporto, dispensando os responsáveis pelo transporte dos procedimentos de fiscalização. A Operação Espelhum cumpre 13 mandados judiciais, sendo oito de prisão preventiva e cinco de busca e apreensão, além de medidas de bloqueio de mais de R$ 762 mil obtidos através das atividades ilícitas investigadas. Os alvos incluem dez pessoas físicas e jurídicas, com grande relevância para a estrutura logística do tráfico.
A Operação Espelhum é um desdobramento da Operação Rei do Skunk, iniciada em dezembro de 2023, que revelou a atuação de um grupo especializado no envio de grandes quantidades de drogas para o Distrito Federal e arredores. Nesta nova fase, o foco está no núcleo que operava com transporte aéreo, com destaque para remessas enviadas para os Aeroportos Internacionais de Brasília e Florianópolis, utilizando Manaus como ponto estratégico.
Segundo informações da Polícia Federal, as drogas eram inseridas no Aeroporto Internacional de Manaus e encaminhadas para outros estados, beneficiando-se da facilitação de funcionários do terminal. A operação não só busca a prisão dos envolvidos diretos, mas também visa a descapitalização do grupo, com bloqueios financeiros e apreensões de ativos dos envolvidos.
As penas para os crimes investigados podem chegar a 35 anos de prisão, incluindo delitos de tráfico de drogas e associação criminosa. A Polícia Federal continuará a investigar e monitorar as ações do grupo para evitar a continuidade das atividades criminosas.
