Lei busca valorizar mulheres que enfrentam, diariamente, os desafios de criar e apoiar filhos com deficiência, transtornos do desenvolvimento e condições de saúde raras. (Foto: Pexels)

A partir deste ano, mães que criam filhos com deficiência, transtornos ou condições de saúde específicas no Pará terão uma data especial em seu reconhecimento. Celebrado em 30 de novembro, o Dia da Mãe Atípica foi estabelecido pela Lei nº 10.744 e busca valorizar mulheres que enfrentam, diariamente, os desafios de criar e apoiar filhos com deficiência, transtornos do desenvolvimento e condições de saúde raras.

Essas mães são chamadas “atípicas” por sua dedicação constante e pelas particularidades de suas rotinas. De acordo com a nova legislação, o Dia da Mãe Atípica promoverá eventos e atividades que incentivem a valorização dessas mulheres, oferecendo suporte, recursos e informações que possam fortalecer suas jornadas e assegurar o bem-estar de suas famílias.

A criação deste dia no calendário estadual traz à tona a questão da inclusão e da necessidade de apoio às famílias que convivem com condições de saúde atípicas. Em sintonia com esse propósito, o Ministério Adventista das Possibilidades (MAP), da Igreja Adventista do Sétimo Dia, tem trabalhado intensamente para acolher e apoiar as pessoas que lidam com desafios de saúde física, mental e condições variadas.

Lançado em 2022, o MAP abrange sete áreas de atuação, incluindo suporte a cuidadores, como mães de crianças com deficiências, e proporciona recursos e programas para incluir e fortalecer todos que participam do ministério.

O acolhimento como missão

Para o MAP, o Dia da Mãe Atípica é uma oportunidade para intensificar o acolhimento e a atenção voltada às famílias e indivíduos que enfrentam desafios específicos. Em um artigo publicado na Revista Adventista, Keiny Goulart, conselheira do Ministério Adventista das Possibilidades na área de saúde mental e bem-estar e fundadora da Rede Adventista de Apoio à Família Autista (RAAFA), ressaltou a importância de uma rede de apoio para pais que enfrentam os desafios da educação de filhos atípicos.

“Senti o amparo de Deus e da minha família e me vi forte e pronta para lutar pelo Derek. O sorriso voltou a estampar o rosto, e a convicção de que poderíamos ser uma rede de apoio para alguém estava latente em meu coração. Participando de um congresso em São Paulo, encontrei algumas amigas virtuais, mães cristãs de crianças com autismo”, relatou no artigo de sua autoria.

Ela também contou um pouco da história que deu origem ao ministério. “Tudo começou pelo WhatsApp, com um grupo pequeno de pais adventistas de crianças com autismo. Hoje a iniciativa reúne mais de 90 voluntários que dedicam parte de seu tempo para acolher as mais de 3 mil famílias que fazem parte da rede.”

Esse ministério adventista possui uma estrutura de apoio para atender demandas específicas, oferecendo desde suporte espiritual até orientação prática para as famílias. Isso inclui acolhimento para mães que enfrentam luto, cuidadores de pessoas com deficiência e viúvas, além de dar atenção a pessoas com condições de saúde mental e dificuldades físicas e sensoriais, como mobilidade reduzida e baixa visão.

Apoio que transforma

Além de atuar diretamente com essas mães e cuidadores, o MAP se propõe a educar a comunidade adventista sobre a importância de uma igreja inclusiva, que valoriza e respeita a diversidade humana. Segundo os organizadores, a conscientização é uma ferramenta poderosa para derrubar barreiras e promover uma sociedade onde as diferenças são acolhidas e valorizadas.

“Cada pessoa possui um papel fundamental e único na missão da igreja, pois aos olhos de Deus somos todos talentosos, necessários e valiosos”, destaca Daniel Carvalho, líder do MAP para a Igreja Adventista no território dos estados do Pará, Amapá e Maranhão, reforçando que o ministério trabalha para que todos possam compartilhar o evangelho e se sentirem parte de uma comunidade.

A criação do Dia da Mãe Atípica no Pará é, portanto, uma celebração que ressalta a força dessas mães, e ao mesmo tempo, um convite para que mais instituições, como o MAP, se unam em apoio a essa causa tão necessária e transformadora. Essa ação no estado se alinha aos princípios do ministério adventista e inspira mais envolvimento de todos para oferecer um acolhimento integral para essas mães e suas famílias. As informações são de Notícias de Adventistas.

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