O sargento da Polícia Militar Elizeu da Paz de Souza, acusado de envolvimento na morte do engenheiro Flávio Rodrigues dos Santos em setembro de 2019, morreu no hospital após ser baleado na cabeça na madrugada desta segunda-feira (4), por volta das 2h33, na Rua Comandante Waldir Bastos, no Conjunto Santos Dumont, Zona Centro-Oeste de Manaus.
Segundo informações preliminares, Elizeu estava em um carro de aplicativo, um Fiat Mobi branco, de placas QZE7F42, acompanhado de outro homem não identificado, em uma corrida que saiu de um posto de combustível na Avenida Torquato Tapajós em direção à Rua Comandante Waldir Bastos.
De acordo com o motorista do veículo, os dois teriam discutido dentro do carro, momento em que o homem sentado no banco de trás sacou uma arma e disparou contra a cabeça de Elizeu, que estava no banco do carona. Após o disparo, o atirador ordenou que o motorista parasse e fugiu a pé.”
Policiais da 17ª Companhia Interativa Comunitária (Cicom) foram acionados ao local e encontraram o sargento ainda com vida. Ele foi encaminhado ao Hospital e Pronto-Socorro João Lúcio, onde não resistiu aos ferimentos e morreu.
Investigações iniciais apontam que Elizeu pode ter sido atraído para uma emboscada, popularmente conhecida como “casinha”.
Prisão Domiciliar
Em 2021, Elizeu da Paz havia recebido o benefício da prisão domiciliar concedida pelo Tribunal de Justiça do Amazonas devido ao seu envolvimento no assassinato do engenheiro Flávio Rodrigues. A decisão foi assinada pelo juiz da 1ª Vara do Tribunal do Júri, Celso Souza de Paula, com parecer favorável do Ministério Público do Estado do Amazonas (MPE/AM). A defesa argumentou que o sargento necessitava de tratamento médico urgente e que seu estado de saúde havia se agravado durante o tempo em que esteve preso.
Como parte das medidas cautelares, Elizeu deveria usar tornozeleira eletrônica e cumprir outras restrições, como permanecer em seu endereço residencial e só sair para consultas e emergências médicas, devidamente documentadas. Ele também deveria comparecer mensalmente à 1ª Vara do Tribunal do Júri e não poderia se ausentar da Comarca nem mudar de endereço sem informar a Justiça.