Familiares das vítimas do grave acidente entre um ônibus e uma carreta no KM 138 da rodovia AM-010, ocorrido em 20 de dezembro de 2024, realizaram uma manifestação pacífica nesta semana em frente à 36ª Delegacia Interativa de Polícia (DIP) de Rio Preto da Eva. O objetivo do ato foi pressionar as autoridades para que o motorista da carreta, Leandro Augusto Lopes, de 41 anos, permaneça preso.
Os manifestantes se reuniram na Rua Domingos Monteiro, no centro de Rio Preto da Eva, portando cartazes e faixas que pediam justiça e cobravam rigor na investigação do caso. Segundo informações, o grupo planejava ampliar o protesto com uma manifestação em frente ao Fórum de Justiça Senador Jefferson Péres, também localizado no município, mas isso não ocorreu.
No último dia 27 de dezembro, a defesa do motorista ingressou no Tribunal de Justiça do Amazonas com um pedido de habeas corpus, solicitando liminar para redução da fiança de 100 salários mínimos, equivalente a mais de R$ 141 mil, para um valor compatível com a situação econômica de Leandro Augusto Lopes.
Quatro vítimas fatais
O acidente resultou na morte de quatro pessoas, incluindo o motorista do ônibus, Jair Nascimento dos Santos, de 45 anos. Entre as vítimas estavam ainda Yasmin Viana Siqueira, de 10 anos, Emílio Monteiro Araújo, de 69 anos, e Manoel Otávio Vaz de Almeida, de 65 anos.
De acordo com informações preliminares, o ônibus, pertencente à empresa Expresso Transamazônica, fazia o trajeto entre Itapiranga e Manaus, enquanto a carreta seguia na direção oposta. As causas do acidente ainda estão sob investigação.
Clamor por justiça
Os familiares das vítimas afirmam que manter o motorista da carreta preso é fundamental para que o caso não caia no esquecimento e para evitar que episódios semelhantes voltem a ocorrer. “Queremos justiça pelas vidas que foram interrompidas e pelo sofrimento que estamos enfrentando. Não podemos aceitar que ele seja colocado em liberdade tão cedo”, disse um dos manifestantes.
As autoridades ainda não se pronunciaram sobre a situação de Leandro Augusto Lopes, mas o caso segue em análise na 36ª DIP e no Fórum de Justiça de Rio Preto da Eva.