São Paulo — A Polícia Civil de São Paulo prendeu, nesta quarta-feira (15/1), o suspeito de matar a tiros o policial civil Arnaldo José Nascimento, de 57 anos. Ronaldo da Silva, conhecido como “Tatu”, estava foragido havia nove dias.
O policial civil Arnaldo José Nascimento, de 57 anos, foi morto com quatro tiros na cabeça, no dia 6 de janeiro, dentro de uma gráfica, na rua Guaracapá, em São Miguel Paulista, zona leste de São Paulo.
O caso foi registrado inicialmente como latrocínio e localização/apreensão de objeto pela 7ª Delegacia Seccional. Um suspeito, identificado como Douglas Cabral de Oliveira, de 39 anos, foi preso no dia do crime. Ele confessou a participação no assassinato.
Douglas atuou como comparsa de Ronaldo da Silva, conhecido como “Tatu”, apontado pela investigação como o atirador. Os dois foram registrados por câmeras de segurança usando objetos, como papelão e bexigas, para impedir a identificação.
Ronaldo da Silva foi preso nesta quarta-feira (15/1), após nove dias foragido.
A esposa de Arnaldo, Maria Francileide, de 55 anos, foi encontrada dentro da casa de Ronaldo durante a investigação do crime. Ela estava com uma arma do marido na cintura e tentou sacá-la contra os policiais.
Maria Francileide foi presa no dia 13 de janeiro, suspeita de ser a mandante do assassinato.
Segundo a polícia, ela demonstrou frieza após a morte do marido e mentiu na delegacia sobre não reconhecer os suspeitos — a mulher também aparece nas imagens do crime.
“Ela disse que aquele rapaz que saiu na porta [Douglas] não estava no local do crime, que não era o que foi apresentado aqui [na delegacia]. Ela simplesmente alega que ele cobriu o rosto com papelão. Pelas imagens, em nenhum momento ele se escondeu”, afirmou o delegado Antônio José Pereira, da 7ª Delegacia Seccional.
“Ela mentiu para mim no dia dos fatos, falando que não conhecia [o suspeito]”, completou o delegado Luiz Augusto Romani, do Corpo Especial de Repressão ao Crime Organizado (Cerco) da 7º Seccional. Segundo ele, Maria não quis reconhecer os suspeitos após o assassinato.
Quando foi encontrada na casa do suspeito de assassinar seu marido, Maria Francileide, tentou sacar uma arma contra um dos investigadores da Polícia Civil.
A polícia apurou que Ronaldo prestava serviços como terceirizado em uma gráfica que o policial mantinha junto com a esposa. Já Douglas teria sido chamado por Ronaldo para participar do suposto roubo, sem saber que o comparsa mataria o policial.