Na noite deste sábado (25), um voo da Força Aérea Brasileira (FAB) aterrissou no Aeroporto Internacional de Confins, em Belo Horizonte, com 88 brasileiros deportados dos Estados Unidos. A aeronave, que havia partido de Manaus, transportava os cidadãos que faziam parte do primeiro grupo de brasileiros afetados pelas políticas de imigração do presidente norte-americano Donald Trump, que endureceu as regras de deportação desde o início de seu segundo mandato.

A ministra dos Direitos Humanos, Macaé Evaristo, estava no terminal para receber os brasileiros.

A chegada dos deportados, que estava prevista para ocorrer em Belo Horizonte na sexta-feira (24), foi adiada após um problema técnico no voo, que fez com que a aeronave fizesse uma parada inesperada em Manaus. De acordo com a Força Aérea Brasileira, o transporte foi realizado pelo KC-30, do Segundo Esquadrão do Segundo Grupo de Transporte (2º/2º GT – Esquadrão Corsário), e o pouso em Confins aconteceu por volta das 21h10.

Brasileiros chegaram sob escolta e algemados, mas sem violação de direitos

O Ministério da Justiça e a Polícia Federal confirmaram que, durante a viagem, as autoridades norte-americanas tentaram manter os deportados algemados. No entanto, após a chegada ao Brasil, as algemas foram retiradas pelas forças de segurança brasileiras, que agiram para garantir os direitos dos deportados em solo nacional.

O diretor-geral da Polícia Federal, Andrei Passos Rodrigues, informou ao ministro da Justiça, Flávio Dino, que conversou com o presidente Luiz Inácio Lula da Silva sobre a situação. A decisão foi tomada para garantir o cumprimento dos protocolos de segurança do Brasil, que não permitem o uso de algemas durante o transporte dentro do território nacional.

O voo de retorno aos brasileiros deportados foi organizado pelas autoridades brasileiras após o incidente, com o apoio da FAB, que assegurou o transporte seguro até Belo Horizonte.

Foto: Divulgação PF

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