Em dezembro, o rei Charles esteve em Walthamstow, um bairro de Londres. Na ocasião, ele se encontrou com voluntários da comunidade local, colaboradores de serviço de emergência e líderes religiosos. Um dos participantes perguntou à majestade a respeito do tratamento de câncer e do estado de saúde. Ao ouvir o questionamento, o soberano respondeu: “Ainda estou vivo.”
Em apuração com fontes, a correspondente de assuntos da família real salientou que o Palácio de Buckingham teria feito um acordo com a imprensa para não publicar notícias sobre a falta de saúde do rei. “Nada é dito”, pontuou Pilar Eyre. A mídia britânica estaria “cumprindo à risca” o trato. Inclusive, o tipo de tumor que acomete o monarca não chegou a ser revelado.
“Não sabemos ainda o tipo de tumor nem qual o seu tratamento concreto ou o seu prognóstico, além de algumas partes muito pouco comprometedoras. Em nenhum momento se falou em remissão, como fizeram no caso do câncer de sua nora [Kate Middleton]”, avaliou a jornalista. Ela emendou: “A realidade é que me dizem que a condição de Charles é bastante séria.”
“Fingir normalidade”
A especialista frisou sobre o rei Charles ser o primeiro a querer manter a agenda de compromissos, mesmo contra a orientação dos médicos. Na última segunda-feira (27/1), ele viajou para a Polônia, onde participou do 80º aniversário da libertação do campo de concentração de Auschwitz. Ao ver imagens do soberano, Pilar sustentou: “Ele está mal, os seus olhos estão vermelhos e utiliza maquiagem para as fotografias.”
Na avaliação da correspondente real, o rei Charles “fingirá normalidade” até o momento da morte, algo normal para as majestades britânicas. Assim ocorreu com a mãe dele, a saudosa rainha Elizabeth II: “Dois dias antes dela morrer, recebeu a primeira-ministra, que disse que a monarca não conseguia segurar a chávena de chá”. Pilar Eyre concluiu: “O senso de dever que eles têm é incompreensível.” As informações são da colunista Claudia Meireles.