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O chá de alecrim é conhecido pelas propriedades medicinais. A bebida auxilia no funcionamento do sistema nervoso, protege o fígado, melhora a circulação sanguínea e facilita a digestão. Apesar dos benefícios, porém, o consumo da infusão não é indicado para todos.

Os efeitos do chá de alecrim no organismo podem ser prejudiciais para algumas pessoas. Gestantes, por exemplo, devem evitar a bebida, já que ela pode estimular contrações uterinas, aumentando o risco de parto prematuro. Lactantes também precisam ter cautela.

“O chá de alecrim pode interferir na produção do leite”, alerta a nutricionista e farmacêutica Verônica Dias, de Niterói (RJ). Ela explica também que algumas das substâncias da bebida podem passar para o leite materno, podendo ser negativo para o bebê.

Cuidados com medicamentos e condições específicas

O chá de alecrim pode interagir com medicamentos, especialmente os anticoagulantes, diuréticos e remédios para controle da pressão arterial, comprometendo a eficácia dos tratamentos.

“Pessoas em uso de anticoagulantes devem evitar, pois o chá pode potencializar os efeitos do medicamento e atrapalhar o tratamento”, explica a nutricionista Thais Dias, que atende no Espírito Santo.

Indivíduos com hipertensão ou problemas cardíacos também devem ter atenção. O alecrim possui propriedades estimulantes que podem elevar a pressão arterial e a frequência cardíaca. Para quem já enfrenta dificuldades nesses aspectos, o consumo excessivo pode representar riscos.

Riscos para rins e sistema digestivo

Pessoas com problemas nos rins também devem evitar o chá de alecrim. A bebida contém compostos que podem sobrecarregar o órgão, especialmente em casos de doenças renais crônicas.

“Indivíduos com histórico de cálculos renais devem evitar, devido ao risco de piora”, reforça Thais. Além disso, o alto teor de potássio no chá pode dificultar a eliminação desse mineral, agravando o quadro.

O consumo excessivo do chá também pode causar desconfortos gástricos, como náuseas e irritação no estômago. O ideal é que crianças menores de 12 anos não tomem a bebida, já que o sistema digestivo infantil é mais sensível e pode reagir de forma adversa.

Moderação é a chave

A recomendação das profissionais é não ultrapassar a ingestão de 750 ml diários. O chá pode ser tomado morno ou frio, preferencialmente sem adoçar para preservar suas propriedades terapêuticas. A quantidade ingerida também pode alterar os efeitos da bebida no organismo.

“Ao consumir cerca de 200 ml, observamos leves efeitos antioxidantes e de melhora na digestão. Ingestões maiores, de cerca de 650 ml divididos em doses ao longo do dia, têm ação antimicrobiana, antifúngica, melhoram a saúde intestinal, e dão suporte cognitivo”, conclui Verônica.

Com informações de Metrópoles

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