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Um colombiano de 30 anos morador de Juiz de Fora (MG) desapareceu um dia depois de ser agredido por um dos chefes dele. Psicólogo e tatuador, Juan Camilo Álvarez Betancur (foto em destaque) não conseguia emprego no país de origem e se mudou para o Brasil há sete meses, por indicação de um amigo, para trabalhar com um compatriota do ramo da agiotagem.
O dono do dinheiro teria contratado Juan Camilo para cobrar as dívidas de clientes que tomaram dinheiro emprestado, sob supervisão de outro funcionário do negócio. Em uma motocicleta, a vítima das agressões havia sido contratada para percorrer Juiz de Fora e receber os pagamentos dos empréstimos feitos.
Em 10 de janeiro último, Juan Camilo teria informado ao supervisor sobre um problema com uma das cobranças. Um devedor teria dito que pagou em Pix, mas não efetuou a transferência. Ao saber disso, o chefe da vítima a acusou de ter ficado com o dinheiro e a agrediu com um capacete.
O dono do dinheiro e responsável pelo negócio de agiotagem presenciou a cena e foi a uma delegacia da Polícia Civil de Minas Gerais (PCMG) com os funcionários, para registrar ocorrência. Depois de ser liberado, Juan Camilo pediu um carro de transporte por aplicativo e, enquanto aguardava, foi abordado por dois funcionários do agiota responsável pelo negócio.
Armada com facas, a dupla atacou a vítima, que correu e se jogou em um córrego para se salvar. Depois, Juan Camilo voltou para a casa onde morava com um amigo, ligou para a mãe, contou o que tinha acontecido e deixou o imóvel com todos os itens pessoais.
A mãe orientou que o filho fosse para São Paulo, onde o encontraria. A vítima comprou uma passagem de ônibus da viação Cometa, embarcou em 11 de janeiro e, depois disso, não foi mais vista.
No mesmo dia, a Brigada de Emergência da Rodoviária de Juiz de Fora elaborou um documento com informações de que Juan Camilo foi atendido pelos socorristas no terminal. O jovem estava desorientado, segundo o registro.
Apesar disso, o colombiano embarcou para São Paulo depois de ser liberado. Até a mais recente atualização desta reportagem, a coluna Na Mira não havia recebido posicionamento da Viação Cometa, responsável pelo transporte do jovem de Minas Gerais até São Paulo. A empresa alegou à família de Juan que só poderia verificar imagens das câmeras dos coletivos com autorização judicial.
Sem receber mais notícias do filho, em 24 de janeiro a mãe de Juan Camilo chegou ao Brasil e foi para Juiz de Fora. Nesse período em que esteve no país, ela acionou o chefe do jovem, a Polícia Civil e o Consulado da Colômbia para pedir ajuda na busca pelo filho. Contudo, ninguém a ajudou.
Em 7 de fevereiro, ela foi para São Paulo (SP) e procurou o Departamento-Geral da Polícia Civil (PCSP), na Rua Brigadeiro Tobias. No último domingo (9/2), ela registrou boletim de ocorrência pelo desaparecimento do filho.
Quem tiver informações sobre o paradeiro do jovem deve entrar com a Polícia Civil, pelo telefone 197. Não é necessário se identificar.
Com informações de Metrópoles.