Goiânia – A mãe do menino de 2 anos que morreu após ser esquecido dentro do carro pela dona da creche que frequentava, em Nerópolis, na região metropolitana da capital goiana, está desolada. Por meio das redes sociais, Giselle Faustino falou sobre a dor da perda do filho, Salomão.
“Eu quero tanto, tanto tanto ter forças pra seguir em frente, filho. Meu coração está em paz. Não posso culpar ninguém por algo que Deus permitiu que acontecesse, filho. Eu sei o quanto você fará festas aí com os outros anjinhos do céu”, disse a mãe.
Confira:
Exposto ao calor
- O menino foi esquecido por mais de quatro horas dentro do veículo, preso à cadeirinha de segurança. O calor registrado no dia era de 30ºC.
- A criança foi esquecida no veículo pela dona do berçário que frequentava. A mulher era responsável pelos cuidados e também pelo transporte do pequeno Salomão.
- Ao encontrar a criança e perceber que estava desacordado, a empresária Flaviane Lima acionou o Corpo de Bombeiros. O menino chegou a ser levado para o hospital, mas não resistiu e morreu na terça-feira (18/2).
- O caso é investigado pela Polícia Civil de Goiás.
“Como viverei sem você?”
Nas redes sociais, a mãe da criança vem fazendo desabafos sobre a morte repentina do filho. “Você levou todo meu coração e minha alegria. Como eu viverei sem você?”, escreveu ela.
“Como eu chegarei em casa agora e não presenciarei sua alegria? Eu não consigo fechar o olho sem imaginar seu sofrimento. Perdoa a mamãe, meu amor. Eu queria fazer tanto por você”, declarou Giselle, que disse estar vivendo um pesadelo.
O menino havia completado 2 anos no último dia 5 de fevereiro.
Em nota, a defesa de Flaviane Lima disse que a empresária “está profundamente abalada, vivendo o pior momento de sua vida”.
O advogado Giovanni Caldas Vieira Machado escreveu ainda que a mulher tem cursos em primeiros-socorros e que tentou salvar a criança. “Não houve qualquer intenção, qualquer descuido consciente ou negligência deliberada”, afirmou.
Presa
Conforme a Polícia Civil, a dona da creche tentou fugir da cidade onde a situação aconteceu, mas foi presa em Itaberaí, a 80 quilômetros de Nerópolis. A mulher foi autuada por homicídio culposo (quando não há intenção de matar), e encaminhada ao Complexo de Prisão Provisória de Aparecida de Goiânia.
