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A ex-primeira-dama Michelle Bolsonaro minimizou a denúncia da Procuradoria-Geral da República (PGR) contra o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) e mais 33 pessoas.

“A verdade prevalecerá sempre, não temos o que temer”, disse Michelle a jornalistas no 1º Seminário Nacional do Partido Liberal (PL), na manhã desta sexta-feira (21/2), no Centro de Convenções Ulysses Guimarães, em Brasília.

Questionada sobre as citações ao nome dela na delação premiada do tenente-coronel Mauro Cid, Michelle afirmou que isso teria ocorrido “em um momento de perturbação mental” do militar.

Denúncia da PGR

  • A PGR enviou ao Supremo Tribunal Federal (STF), na noite da última terça-feira (18/2), denúncia contra Bolsonaro e mais 33 pessoas por suposta participação em trama golpista.
  • O presidente é acusado dos crimes de liderança de organização criminosa armada, tentativa de abolição violenta do Estado Democrático de Direito e golpe de Estado.
  • Ainda é imputado ao ex-presidente o crime de dano qualificado pela violência e grave ameaça contra o patrimônio da União, com considerável prejuízo para a vítima e deterioração de patrimônio tombado.

A ex-primeira-dama afirmou que está “zero apreensiva” com eventual prisão do ex-presidente. Michelle pontuou ainda que Jair Bolsonaro estaria sendo vítima de uma perseguição.

Nessa quinta-feira (20/2), o ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), levantou o sigilo da delação de Mauro Cid. O material aponta que o militar imputou à ex-primeira-dama Michelle Bolsonaro uma postura de instigadora de um golpe de Estado.

Em depoimento, o ex-ajudante de ordens de Jair Bolsonaro afirma que Michelle e um grupo de conselheiros radicais tentavam convencer o então presidente de “forma ostensiva”.

“O general Mario Fernandes atuava de forma ostensiva, tentando convencer os demais integrantes das forças a executarem um golpe de Estado. Compunha também o referido grupo a ex-primeira-dama Michelle Bolsonaro. Tais pessoas conversavam constantemente com o ex-presidente, instigando-o a dar um golpe de Estado. Eles afirmavam que o ex-presidente tinha o apoio do povo e dos CACs para dar o golpe”, disse Cid em colaboração premiada.

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