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Dois presos da Penitenciária Central do Estado (PCE), em Cuiabá (MT), foram flagrados, na manhã deste sábado (1º/3), tentando entrar nas celas com celulares escondidos dentro de quatro garrafas de água sanitária. A Polícia Penal contabilizou, ao todo, 29 aparelhos.
Segundo a Secretaria de Estado de Justiça (Sejus), policiais penais que estavam no plantão obervaram a movimentação suspeita dos dois detentos. Eles trabalhavam em atividades internas da unidade prisional e tentavam acessar o portão da carceragem que leva aos ambientes internos da penitenciária.
Ao everiguar o caso, os policiais perceberam que os presos carregavam frascos de água sanitária, alegando que os produtos seriam levados aos custodiados. A justificativa chamou a atenção, pois sábado, geralmente, não é dia de entrega de produtos. Os presos foram revistados e, nesse momento, foi descoberto o plano original da dupla.
Os frascos estavam cheios de aparelhos celulares, que seriam levados para o interior das celas. A PCE é uma das principais penitenciárias de Mato Grosso, onde estão detidos alguns dos presos mais perigosos do estado, como líderes e integrantes de facções criminosas, a exemplo do Comando Vermelho (CV).
Os dois presos flagrados neste sábado foram retirados da ala de trabalhadores da PCE e recolhidos à carceragem central. Eles foram, ainda, suspensos do trabalho interno. Um boletim de ocorrência foi registrado e será encaminhado à Polícia Civil para investigação do caso.
Casos recorrentes
O secretário de Justiça de Mato Grosso, Vitor Hugo Bruzulato, explica que diversas medidas de segurança foram adotadas na PCE, como parte do programa Tolerância Zero, lançado no ano passado, e cujo foco é combater a atuação de facções criminosas no estado.
A presença de celulares e tentativas de entrar com novos aparelhos nos presídios têm sido alvo de flagrantes recorrentes. “Nas revistas realizadas rotineiramente nas unidades, flagramos situações como essa de hoje e outras recentes, como usar barras de sabão entregues para limpeza, ou pratos das refeições, para tentar esconder celulares e outros produtos ilícitos”, explica. Com informações e Metrópoles.