
A Guiana solicitou proteção à Corte Internacional de Justiça (CIJ), órgão jurisdicional da Organização das Nações Unidas (ONU), nessa quinta-feira (6/3), depois de a Venezuela convocar eleições para governador na região de Essequibo, área que se tornou alvo de desentedimentos entre os dois países. As eleições para determinar os governadores de todo o território venezuelano estão previstas para 25 de maio.
O presidente venezuelano, Nicolás Maduro, em abril do ano passado, promulgou uma lei que criou uma província venezuelana em Essequibo, território reconhecido internacionalmente como parte da Guiana. A discussão relativa a posse da região foi iniciada em 2023 e foi mais um motivo de tensão entre a Venezuela e os Estados Unidos. O Brasil chegou a mediar um encontro entre os líderes da Venezuela e Guiana sobre o assunto.
Diante do impasse, a Guiana pediu que a CIJ “ordene à Venezuela que se abstenha de qualquer ato dentro de seu território soberano” e destacou que a tentativa de realizar eleições em um território disputado é “uma violação flagrante”.
O anúncio foi feito um dia depois do presidente venezuelano anunciar que impedirá a exploração de petróleo pela empresa americana ExxonMobil em Essequibo, que é considerada pelo governo como uma região “pendente de delimitação”.
Maduro ainda firmou que a operação era “absolutamente ilegal e a Venezuela rejeita isso, denuncia isso e tomaremos todas as medidas para impedir a ação ilegal da ExxonMobil e do governo traidor da Guiana”.