
Na noite do último domingo, o Santos deu adeus ao Campeonato Paulista na semifinal ao perder para o Corinthians, por 1 a 0, na Neo Química Arena. Com um incômodo na coxa, Neymar foi preservado do clássico e não saiu do banco de reservas durante os 90 minutos.
O camisa 10 sentiu o problema físico no duelo contra o Red Bull Bragantino, no último dia 2 de março. O craque até chegou a tranquilizar a torcida e disse que estava bem, mas não foi utilizado na semifinal para que o desconforto não fosse agravado, já que ele terá de se apresentar à Seleção Brasileira nesta segunda-feira.
A solução do técnico Pedro Caixinha para substituir Neymar no clássico do último domingo foi uma troca puramente de nomes. Thaciano foi o escolhido pelo treinador para exercer a função de meia-atacante e comandar o setor criativo. No entanto, a decisão não se provou acertada, já que o camisa 16 não foi bem.
Com isso, Caixinha precisará buscar outras soluções para tentar suprir a ausência de Neymar – uma tarefa um tanto quanto ingrata por conta da qualidade do astro. O técnico pode optar por manter a formação e testar outros nomes na posição, ou pode promover uma mudança de esquema tático.
Dentro do elenco, o treinador conta com vários jogadores que podem atuar na criação de jogadas pelo meio. Um deles é Soteldo, que já chegou a atuar como um 10 em alguns momentos da carreira. O venezuelano tem capacidade criativa e sabe jogar em curtos espaços, com triangulações.
Outra opção de Caixinha para a vaga é Benjamín Rollheiser. O argentino ganhou seus primeiros minutos nos últimos dois jogos do Santos e já mostrou qualidade. Essa não é a posição preferida do jogador, mas ele pode ser testado pelo comandante em situações como a do último domingo, quando Neymar não esteve disponível.
Rollheiser, inclusive, chegou a jogar como meia-atacante contra o Corinthians e finalizou duas vezes na direção do gol nos poucos minutos que teve em campo. Por fim, Caixinha ainda conta com Álvaro Barreal, que também pode munir os atacantes no setor criativo.
Agora, uma outra mudança que Caixinha pode fazer é no esquema tático, o que representaria uma modificação mais drástica e que demandaria outros ajustes no modo de jogar da equipe. O treinador poderia apostar por uma formação com três zagueiros e dois volantes, por exemplo, sem necessariamente utilizar um meia-atacante.
Em um possível 3-4-3, por exemplo, a zaga poderia ser formada por Zé Ivaldo, Gil e Luan Peres (Basso ou Luisão), enquanto o meio seguiria com Bontempo, mais solto, e João Schmidt focado em defender a área. Nas alas, os laterais JP Chermont e Escobar, e o ataque fica à critério do treinador.
Uma outra possibilidade é a utilização de uma formação 4-4-2, que mantém a linha de quatro defensores e forma um meio-campo com dois volantes e dois pontas/meias. Já o ataque poderia ficar sob responsabilidade da dupla Tiquinho Soares e Deivid Washington.
São diversas as alternativas táticas que o futebol tem a oferecer para Caixinha caso o treinador seja forçado a substituir Neymar novamente, como no último domingo. A decisão, é claro, sempre fica a cargo do português, que trabalha todos os dias no CT e sabe o que é melhor para a equipe.
Com a queda no Paulista, o Santos terá um longo período de treinamentos até retomar as partidas oficiais. O clube espera que, até lá, Neymar já esteja recuperado do incômodo na coxa e volte a atuar normalmente. Porém, Caixinha deve sempre ter soluções em mente para quando o astro não puder atuar.
O Alvinegro Praiano retorna aos gramados no próximo dia 30 de março, quando encara o Vasco na primeira rodada do Campeonato Brasileiro. A bola rola às 18h30 (de Brasília), em São Januário.
Com informações de Gazeta Esportiva.