
Líder do partido Otzma Yehudit (Poder Judaico), o parlamentar de extrema-direita Itamar Ben-Gvir informou, nesta terça-feira (18/3), que retornará ao governo israelense.
Ele acumula diversas polêmicas, incluindo oposição ao acordo de cessar-fogo entre Israel e o Hamas. O anúncio acontece em meio aos ataques israelenses contra o Hamas, que mataram mais de 400 pessoas nesta madrugada.
Ben-Gvir deixou o governo após se opor ao cessar-fogo em Gaza. Ele foi ministro da Segurança Nacional de Israel e atualmente ocupa o cargo de líder do Otzma Yehudit.
Entenda
- Ben-Gvir é conhecido por ser um dos nomes mais polêmicos da atual administração do primeiro-ministro israelense, Benjamin Netanyahu, e coleciona declarações e atitudes polêmicas que colocaram ainda mais fogo na tensão entre israelenses e palestinos.
- Sendo considerado um dos maiores radicais que integraram o gabinete de Netanyahu, ele chamou de “loucura” o envio de itens básicos ao território de Gaza.
- Segundo Ben-Gvir, a proposta de cessar-fogo entre Israel e Hamas mediada pelo Catar, Estados Unidos e Egito é “promíscua”
De acordo com o líder do partido, “Israel deve retornar à luta em Gaza”, como afirmou nos últimos meses. “Aplaudimos o retorno do Estado de Israel, sob a liderança do primeiro-ministro Benjamin Netanyahu, à luta intensa”, declarou Ben-Gvir.
O ex-ministro disse que esse “é o passo certo, moral, ético e mais justificado, para destruir a organização terrorista Hamas e trazer” os reféns de volta.
“Não podemos aceitar a existência da organização Hamas, e é obrigação destruí-la”, aponta o ex-ministro.
Retomada dos ataques
O exército de Israel informou que os ataques contra o Hamas, na Faixa de Gaza, continuam com bombardeios.
“Os alvos atingidos nas últimas horas incluem células terroristas, postos de lançamento, depósitos de armas e outras infraestruturas militares usadas por essas organizações terroristas para planejar e executar ataques contra civis israelenses e soldados do IDF”, informou o exército.
Pelo menos 404 pessoas morreram até o momento, segundo o Ministério da Saúde de Gaza. No total, 562 ficaram feridas. Segundo o ministério, ainda há vítimas sob os escombros, e os esforços de resgate continuam.
Com informações de Metrópoles