22/09/2020 REUTERS/Carlos Barria

Keith Kellogg, enviado do presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, para a Ucrânia, disse que a preocupação da Rússia com a ampliação da aliança militar da Organização do Tratado do Atlântico Norte (Otan) para o leste é justa e os EUA não querem ver Kiev na aliança.

Questionado pela emissora norte-americana ABC News sobre uma reportagem da Reuters que dizia que a Rússia queria um compromisso por escrito sobre a não ampliação da Otan para o leste, que incluiria a Ucrânia e outras ex-repúblicas soviéticas, Kellogg disse: “É uma preocupação justa”.

“Dissemos que, para nós, a entrada da Ucrânia na Otan não está na mesa de negociação, e não somos o único país que diz isso — você sabe que eu provavelmente poderia lhe dar quatro outros países na Otan e são necessários 32 dos 32 para permitir que você entre na Otan”, afirmou ele à ABC na n

“Eles não estão falando apenas da Ucrânia, estão falando do país da Geórgia, estão falando da Moldávia”, disse Kellogg, acrescentando que a decisão sobre a opinião dos EUA sobre a ampliação da Otan caberia a Trump.

Kellogg afirmou que a sequência das negociações de paz incluiria uma tentativa de fundir os dois memorandos redigidos pela Ucrânia e pela Rússia em um único documento com negociações na Turquia na segunda-feira.

“Quando chegarmos a Istambul na próxima semana, vamos nos sentar e conversar”, disse Kellogg, acrescentando que os conselheiros de segurança nacional da Alemanha, França e Reino Unido participarão das discussões sobre o memorando com os Estados Unidos.

Kellogg disse que Trump está “frustrado” com a Rússia porque viu “um nível de irracionalidade” do presidente russo Vladimir Putin.

Ele repreendeu a Rússia por atacar cidades ucranianas e disse haver dito à Ucrânia para comparecer às negociações.

Com informações de CNN Brasil.

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