
Um relatório preliminar sobre a queda de um avião na Índia no mês passado, que matou 260 pessoas, levanta questões adicionais sobre o ocorrido e a investigação está longe de terminar, disse o presidente-executivo da Air India em um memorando nesta segunda-feira (14).
A apuração prévia divulgada pelo AAIB (órgão de investigação aérea indiano) no sábado (12) mostrou uma confusão na cabine de comando pouco antes da queda do Boeing Dreamliner.
Campbell Wilson, presidente-executivo da Air India, disse que o relatório havia “desencadeado uma nova rodada de especulações na mídia… Não é de surpreender que ele tenha proporcionado maior clareza e aberto novas questões”.
Ele acrescentou: “O relatório preliminar não identificou nenhuma causa nem fez nenhuma recomendação, portanto, peço a todos que evitem tirar conclusões prematuras, pois a investigação está longe de terminar”.
O documento afirma que a investigação preliminar não encontrou falhas mecânicas e que toda a manutenção necessária havia sido realizada.
Primeiro acidente com o modelo 787 Dreamliner
O Boeing 787 Dreamliner com destino a Londres, vindo da cidade indiana de Ahmedabad, começou a perder força e altitude logo após a decolagem.
Todas, exceto uma das 242 pessoas a bordo, morreram, assim como 19 que estavam em terra.
Segundo o relatório do AAIB, nos momentos finais do voo, um piloto foi ouvido no gravador de voz da cabine perguntando ao outro por que havia cortado o combustível.
“O outro piloto respondeu que não havia feito isso”, diz o relatório.
O documento acrescentou que os dois interruptores de corte de combustível do motor do avião foram acionados quase simultaneamente, mas não disse como e ainda não sugeriu nenhuma ação imediata para a Boeing ou a GE, cujos motores estavam instalados na aeronave.
A Alpa Índia, que representa os pilotos indianos na Federação Internacional de Associações de Pilotos de Linhas Aéreas, sediada em Montreal, no Canadá, rejeitou qualquer presunção de erro do funcionário e solicitou uma “investigação justa e baseada em fatos”.
“Os pilotos passaram pelo teste obrigatório de bafômetro antes do voo e não houve nenhuma observação relacionada ao seu estado médico”, falou Campbell.
O comandante do avião da Air India era Sumeet Sabharwal, 56 anos, que tinha uma experiência total de 15.638 horas de voo e, segundo o governo indiano, também era instrutor da Air India. Seu copiloto era Clive Kunder, 32 anos, que tinha um total de 3.403 horas de experiência.







