
Afastada das telonas há mais de uma década, Ana Paula Arósio, que está completando 50 anos nesta quarta-feira, 16, recentemente viralizou nas redes sociais com a icônica minissérie “Hilda Furacão” – em que ela dá vida à própria Hilda, da TV Globo. No TikTok, inclusive, a série de 1998 é um assunto bastante atual.
Talvez um dos grandes objetivos das produções atuais, “Hilda Furacão” conquistou os internautas quase como do dia para a noite.
Nas plataformas mais acessadas pelo público jovem, como o aplicativo chinês, já virou rotina rolar pelo feed e encontrar os famosos edits – vídeos produzidos por fãs sobre algum tipo de conteúdo – da relação entre a personagem de Ana Paula Arósio, jovem que fugiu do próprio casamento para se torar prostituta, e Rodrigo Santoro como Malthus, frei que enfrenta a “tentação” de ser apaixonado pela jovem.
Hype internacional
Talvez o mais curioso é o fato da minissérie ter virado fenômeno fora do Brasil. No TikTok, por exemplo, ao pesquisar pelo nome da produção, os primeiros vídeos que aparecem são em inglês.
Além de comentários sobre a beleza dos dois atores, com certeza, o foco de grande parte dos internautas é a personalidade forte de Hilda Furacão e a indecisão de Malthus em seguir como sacerdote ou se entregar ao amor pela jovem.
A repercussão de “Hilda Furacão”
O professor Jack Brandão, especialista em imagens e doutor em Literatura pela USP, conversou com a IstoÉ Gente sobre o fenômeno em que a produção se transformou.
“É a questão da própria internet”, conta. “Vários recortes da minissérie foram postadas nas redes brasileiras e acabaram se espalhando pelas redes internacionais. E não se pode esquecer também que a ideia da relação entre um religioso e uma prostituta, é algo que chama muito a atenção. Para você viralizar com a rede que nós temos hoje, é muito fácil e muito rápido.”
“O streaming possibilita com que mais pessoas, ao correr do mundo, ao redor do mundo, possam ter acesso a algo que é exclusivo. A partir do momento que você lança a semente imagética, por exemplo, por meio do TikTok, ou do YouTube, do Shorts, do próprio Instagram, isso gera a vontade de buscar, de ir atrás.”
Ele conta que essa é a própria essência do streaming: o papel de reduplicar e difundir diferentes imagens e ideias para o público. O especialista ainda fala sobre o perfil de pessoas que repercutem os famosos edits nas redes. Embora não haja uma explicação exata, no caso de “Hilda Furacão”, segundo ele, trata-se, em geral, de pessoas que não seguem uma religião.
“Normalmente são pessoas mais jovens ou pessoas de certa idade que negam, por exemplo, a própria questão religiosa e buscam mostrar essas cenas para chocar e para mostrar exatamente a própria hipocrisia da sociedade.”
Com informações de IstoÉ










