O Governo do Amazonas deu mais um passo no combate ao tráfico de drogas com a incineração de 9,7 toneladas de entorpecentes, entre cocaína, maconha do tipo skunk e haxixe, realizada na quarta-feira (16/07). A ação integra a Operação NARKE 4, que prevê a destruição de até 40 toneladas de drogas apreendidas em ações das forças de segurança do estado.

Os entorpecentes incinerados foram apreendidos tanto na capital quanto no interior do estado por meio do trabalho conjunto da Polícia Civil (PC-AM) e da Polícia Militar (PMAM), causando um prejuízo estimado de R$ 195 milhões ao crime organizado.

Ação autorizada pelo Judiciário

A incineração foi autorizada pelo Tribunal de Justiça do Amazonas (TJAM) e dividida em duas etapas. Na primeira, foram destruídas 5,44 toneladas de drogas, e, na segunda, outras 4,3 toneladas foram eliminadas. Todo o processo é acompanhado por órgãos de segurança e cumpre os protocolos legais para garantir a efetiva destruição das substâncias ilícitas.

Autoridades destacam integração e combate ao tráfico

O delegado-geral da Polícia Civil, Bruno Fraga, ressaltou que o tráfico de drogas é uma das principais fontes de financiamento das organizações criminosas. “Estamos incinerando uma grande quantidade de entorpecentes, um baque nessas organizações, e o nosso trabalho não vai parar”, afirmou.

O comandante-geral da PMAM, coronel Klinger Paiva, destacou a atuação coordenada das forças de segurança. “Isso é prova do compromisso e do nosso comprometimento não só com a sociedade, mas com a legalidade e integridade em nossas ações”, pontuou.

Procedimento técnico

As drogas incineradas são levadas a uma empresa especializada, onde são destruídas em fornalhas industriais. O processo é feito por meio de esteiras, respeitando a capacidade máxima diária da empresa contratada. Toda a carga apreendida será incinerada nos próximos dias.

Aumento nas apreensões

Dados da Secretaria de Segurança Pública (SSP-AM) mostram que, no primeiro semestre de 2025, houve um crescimento de 16,2% nas apreensões de drogas em relação ao mesmo período do ano passado. Entre janeiro e junho deste ano, foram retiradas de circulação 24,8 toneladas de entorpecentes, contra 21,4 toneladas no mesmo intervalo de 2024.

Um dos destaques foi a apreensão, em junho, de 6,5 toneladas de drogas, entre skunk e cocaína, pela Companhia de Operações Especiais (COE) – considerada a maior já registrada em uma única ocorrência na história do Amazonas.

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