Em entrevista ao podcast Arena Política, na última quinta-feira (24), o senador Plínio Valério (PSDB-AM) — que pretende disputar a reeleição em 2026 — afirmou que a próxima eleição ao Senado será marcada por um embate direto entre candidatos que enfrentam o Supremo Tribunal Federal (STF) e aqueles que, segundo ele, “têm medo” da Corte.

“Quem tem medo do STF tá fora do jogo! Só será eleito ao Senado quem tiver coragem de enfrentar e frear os abusos”, afirmou Plínio durante a conversa com os apresentadores Bryan Dolzane e Victor Savino.

Plínio reforçou que a direita está em busca de senadores com coragem para “enfrentar o Supremo” e que, nesse contexto, o alinhamento com o ex-presidente Jair Bolsonaro ou com o presidente Lula é menos relevante. “Aí independe de ser bolsonarista ou não. A direita quer o senador que enfrente o Supremo Tribunal Federal”, destacou.

“A última oportunidade de frear o ônibus”

Segundo Plínio Valério, a eleição de 2026, que contará com a renovação de dois terços do Senado, é uma chance decisiva para alterar a correlação de forças entre o Legislativo e o Judiciário. “Esta é a única e última oportunidade que o Brasil tem de dar uma freada no ônibus: é colocando 54 senadores… elegendo quem não tem medo [do STF]”, afirmou.

O senador ainda avaliou que possíveis adversários no pleito precisam ser analisados sob o critério de enfrentamento ao STF. “O Wilson [governador do Amazonas] quer ser candidato de direita. Pesquisa lá se ele tem processo. Se tiver, a direita vai abandonar. A direita vai buscar quem tem coragem. Quem tem processo no tribunal não vai ter voto da direita”, disse, em crítica velada ao governador Wilson Lima.

Cenário eleitoral no AM

Plínio também comentou o cenário local para a disputa ao Senado. “Marcelo Ramos é petista. Eduardo [Braga] é aliado do Lula. Alberto [Neto] é aliado do Bolsonaro. Marcos Rota é candidato do David [Almeida]. E eu, que não sou afilhado do Bolsonaro, tenho amizade com Flávio [Bolsonaro], com Marinho… Tanto é que o convite para o PL é permanente”, disse, sugerindo que sua eventual filiação ao partido de Bolsonaro ainda está em discussão.

Apesar de se dizer independente, Plínio voltou a destacar sua postura combativa diante do Supremo. “Minhas posições diante do Supremo é o que diz. Então o eleitor vai olhar, ele vai ver isso.”

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