
O primeiro-ministro israelense, Benjamin Netanyahu, disse nesta quinta-feira (7) que Israel pretende assumir o controle militar de toda a Faixa de Gaza e, eventualmente, entregá-la a forças árabes, que a governarão adequadamente.
“Pretendemos fazê-lo”, afirmou o premiê em uma entrevista à Fox News, quando perguntado se Israel assumiria o controle de todo o território.
Ainda assim, ele negou que Israel quer manter controle sobre Gaza e governá-la.
“Não queremos mantê-la. Queremos ter um perímetro de segurança. Não queremos governá-la. Não queremos estar lá como um órgão governamental”, pontuou.
“Queremos entregá-la às forças árabes que a governarão adequadamente sem nos ameaçar e sem dar aos moradores de Gaza uma vida digna – isso não é possível com o Hamas”, adicionou.
A declaração acontece pouco tempo antes da votação do gabinete de segurança israelense sobre a reocupação total de Gaza.
Ainda durante a entrevista, Netanyahu ressaltou que Israel pretende “remover o Hamas” de Gaza, antes de entregar o território “a uma governança civil” que não seja alguém que defenda a destruição de Israel.
“É isso que queremos fazer. Queremos nos libertar o povo de Gaza do terror do Hamas”, comentou.
O premiê não especificou quem ele prevê governando o território após a guerra, e Israel não apresentou um plano do tipo.
Israel ocupou Gaza completamente após capturá-la na guerra de 1967, mas retirou-se da área em 2005.
Desde o início da guerra com o Hamas, em 2023, Israel recapturou grandes áreas do território. O gabinete israelense deve votar na noite desta quinta-feira sobre a “conquista total”, embora a reunião possa terminar sem votação.
Líder da oposição de Israel critica Netanyahu
O líder da oposição israelense, Yair Lapid, criticou os comentários de Netanyahu na Fox News.
“O que Netanyahu está oferecendo é mais guerra, mais reféns mortos, mais avisos de ‘agora liberado para publicação’ e dezenas de bilhões de shekels dos contribuintes despejados nas ilusões de (Itamar) Ben Gvir e (Bezalel) Smotrich”, disse Lapid.
Ele fez referência ao ministro da segurança nacional e ao ministro das finanças de Israel, que repetidamente pediram que Netanyahu busque objetivos mais maximalistas em Gaza e na Cisjordânia ocupada.
Com informações de CNN Brasil.
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