
Os escombros do Complexo Booth Line continuam bem nítidos. Não dá para esconder as marcas implacáveis da destruição, apesar dos sinais de uma lenta recuperação, anunciarem que as feridas abertas ao longo de tantas décadas podem se regenerar.
Em outubro do ano passado, depois de 14 anos adquirido pela rede popular Uai Shopping, os escombros do complexo são submetidos a profundo processo de restauração, sob responsabilidade da Fundação Doimo, sediada em Belo Horizonte (MG).
Hoje, decorrido quase um ano do anúncio alvissareiro, os escombros da bela obra arquitetônica erigida em 1890, no século XIX, localizado em frente ao estacionamento do Porto de Manaus, antiga Praça Oswaldo Cruz, ainda são uma realidade. Mas já não existe abandono.
Os primeiros serviços – remoção de toneladas de entulho, limpeza, cobertura, banheiros, entre outros -, permitiram que dezenas de pessoas ocupassem pequenos espaços onde desenvolvem pequenos negócios na área do artesanato, culinária e cultura, com apresentação do boi Garantido nos finas de semana.
Por enquanto, o prédio que sediou a Manáos Tramways and Light Company, a agência do Banco do Brasil e o Tribunal de Contas do Estado, continua com características de escombros.
Quem sabe amanhã, como sugere a maquete exposta em um dos espaços em processo de restauração, o complexo de escombros seja transformado no moderno Booth Line Shopping ou no “Mercado de Origem de Manaus”, como desejam os seus empreendedores.
Além da maquete, a placa de licenciamento da obra reforça que a restauração do complexo Booth Line é pra valer, embora não especifique as datas para o início e a conclusão dos trabalhos.
É esperar pra ver.










