O ex-deputado Marcelo Ramos declarou na última quarta-feira (20) que a Refinaria da Amazônia (Ream), pertencente ao Grupo Atem, deixou de processar em Manaus o petróleo extraído da Bacia de Urucu, localizada no município de Coari. Segundo ele, a interrupção frustra expectativas de investimentos no estado e gera impacto direto no bolso do consumidor amazonense.

De acordo com Ramos, toda a produção de Urucu tem sido enviada para São Sebastião (SP), no litoral paulista, onde ocorre o refino.

Último pedido em fevereiro

Em vídeo publicado nas redes sociais, o ex-parlamentar afirmou que o último pedido de petróleo feito pela Ream ocorreu em fevereiro de 2025.

“Até 2022, quando ainda pertencia à Petrobras e operava como Reman, a refinaria em Manaus recebia regularmente cerca de 50 mil metros cúbicos de petróleo de Urucu a cada 35 ou 40 dias. A produção média era de 40 mil barris por dia, processados localmente”, destacou.

Ele acrescentou que, desde a privatização da refinaria em 2022, houve uma redução acentuada no volume de refino. Foram cerca de 30 mil barris por dia em 2023, caindo para 10 mil barris em 2024.

Gasolina mais cara

Ramos ressaltou que a falta de processamento em Manaus tem consequências diretas para o consumidor.

“Em fevereiro de 2025, a Ream solicitou petróleo uma única vez. Enquanto isso, a nossa refinaria não refina nada e nós continuamos pagando a gasolina mais cara do Brasil”, criticou.

Artigo anteriorALEAM aprova projeto de Felipe Souza que autoriza mulheres a portar armas de eletrochoque para defesa pessoal
Próximo artigoGoverno do Estado publica novo edital para credenciar empreendimentos no Amazonas Meu Lar