O Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama), por meio da Superintendência do Amazonas, abriu procedimento para apurar possíveis crimes ambientais envolvendo influenciadores digitais. Imagens que circulam nas redes sociais e em veículos de imprensa mostram Richard Rasmussen, Jon Vlogs e outros participantes interagindo e capturando pirarucus em um espaço que aparenta funcionar como empreendimento turístico voltado à pesca esportiva.

Segundo a análise inicial dos vídeos, foram identificadas práticas que se enquadram em infrações previstas no Decreto 6.514/2008, como maus-tratos a animais silvestres, pesca de espécie protegida e exercício de turismo sem a devida licença. As penalidades variam de R$ 5 mil por animal até R$ 10 milhões, além de processos criminais previstos na Lei de Crimes Ambientais (Lei 9.605/1998), que podem resultar em detenção de até sete anos.

Espécie ameaçada

O pirarucu (Arapaima gigas) está na lista da Convenção Internacional sobre o Comércio de Espécies da Fauna e Flora Silvestres Ameaçadas de Extinção (CITES) e tem sua pesca rigidamente controlada. No Amazonas, a captura só é permitida em áreas de manejo sustentável previamente autorizadas pelo Ibama, o que garante tanto a conservação da espécie quanto o aproveitamento econômico legal.

Procedimentos e denúncias

Caso as infrações sejam confirmadas, as penalidades serão aplicadas individualmente a cada envolvido. O órgão reforçou que denúncias de crimes ambientais podem ser registradas pelo telefone 0800 61 8080 ou pelo site https://falabr.cgu.gov.br

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