Governador Wanderlei Barbosa foi afastado do cargo por seis meses

O governador do Tocantins, Wanderlei Barbosa (Republicanos), foi afastado do cargo por seis meses, conforme decisão do ministro Mauro Campbell Marques, do Superior Tribunal de Justiça (STJ). A medida foi tomada nesta quarta-feira (3/9) durante a deflagração da segunda fase da Operação Fames-19, da Polícia Federal, e ainda será analisada pela Corte.

A primeira-dama, Karynne Sotero, também foi afastada da função de secretária extraordinária de Participações Sociais.

A investigação tem como foco o desvio de recursos públicos destinados ao enfrentamento da pandemia de Covid-19, incluindo verbas para a aquisição de cestas básicas. De acordo com a PF, os contratos investigados, firmados entre 2020 e 2021, ultrapassam R$ 97 milhões, com prejuízo estimado em R$ 73 milhões aos cofres públicos. Os valores desviados teriam sido usados na compra de gado, construção de imóveis de luxo e pagamento de despesas pessoais.

Mais de 200 policiais federais cumprem 51 mandados de busca e apreensão em Palmas (TO), Araguaína (TO), Imperatriz (MA), João Pessoa (PB), no Distrito Federal e em outras localidades. O objetivo é reunir novas provas sobre suposto esquema que envolvia emendas parlamentares e o recebimento de vantagens indevidas por agentes públicos e políticos.

Em nota, o STJ informou que o afastamento foi determinado a pedido do Ministério Público, que apontou indícios de um “esquema de desvio sistemático de recursos” no âmbito da Secretaria do Trabalho e de Desenvolvimento Social, além de outras entidades ligadas ao governo estadual.

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