
O senador Plínio Valério (PSDB-AM) concedeu entrevista nesta quinta-feira (4) ao programa Arena Oeste, na qual comentou o julgamento do ex-presidente Jair Bolsonaro no Supremo Tribunal Federal (STF), defendeu a aprovação de uma anistia ampla aos envolvidos nos atos de 8 de janeiro, falou sobre os desafios do desenvolvimento da Amazônia, criticou a escolha de Belém (PA) como sede da COP30, defendeu a pavimentação da BR-319 e confirmou sua intenção de disputar a reeleição em 2026.
Logo no início, Plínio classificou o julgamento de Bolsonaro como um processo que “envergonha o país” e acusou o STF de perder credibilidade perante a população. “Na realidade, não é um julgamento, é um trucidamento. Já está na contagem regressiva para a população como um todo perder o respeito pelo Supremo, que eu já perdi há muito tempo”, disse.
Anistia e política nacional
Ao tratar da possibilidade de anistia para os envolvidos no 8 de janeiro, Plínio defendeu que o benefício deve ser irrestrito. “Querem separar: pode, mas o Bolsonaro não. Isso não é anistia. Tem que englobar todo mundo. No Senado, se chegar, passa”, avaliou.
Amazônia e atuação das ONGs
O senador também destacou o contraste entre a preservação ambiental e a pobreza na região amazônica. Segundo ele, o Amazonas mantém 97% da floresta em pé, mas 60% da população vive abaixo da linha da pobreza. Ele criticou ainda a influência de ONGs estrangeiras, tema de sua atuação na CPI das ONGs. “Seis ONGs faturaram, no tempo de existência somado, R$ 2,3 bilhões”, afirmou, apontando risco à soberania nacional.
BR-319 e infraestrutura
Plínio defendeu a pavimentação da BR-319, rodovia que liga Manaus a Porto Velho. “Somos a única capital no planeta com mais de 2 milhões de habitantes que não é ligada a nenhuma outra capital por terra. A BR é o sonho de todos nós. Se tivesse asfalto, o oxigênio teria chegado em 12 horas na pandemia”, argumentou.
Críticas à COP30
O senador também atacou a escolha de Belém como sede da COP30, evento climático previsto para 2025. “Vai ser um tremendo fracasso, e eu espero que seja. A COP só serve para impor tarefas e deveres de casa, enquanto líderes internacionais ficam em hotéis cinco estrelas”, ironizou.
Futuro político
Por fim, Plínio confirmou que buscará a reeleição em 2026. Ele acredita que o Senado pode ganhar força política se houver mais parlamentares combativos. Sobre a disputa presidencial, foi categórico ao afirmar que não apoiará o PT. “Só posso dizer quem eu não vou apoiar: o Lula não vou. O resto eu não sei. Mas o PT, nunca.”
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