O Ministério Público do Estado do Amazonas (MPAM) emitiu uma recomendação à Amazonas Energia S.A. diante da grave instabilidade no fornecimento de energia elétrica em Tefé. Somente entre 2024 e o primeiro semestre de 2025, foram registradas 477 interrupções, número considerado crítico e acima dos padrões de qualidade exigidos pela Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel).

A medida é assinada pelo promotor de Justiça Vitor Rafael de Morais Honorato, titular da 2ª Promotoria de Justiça de Tefé, e prevê uma série de ações que devem ser adotadas pela concessionária em caráter urgente.

Medidas cobradas pelo MPAM

Entre as exigências, o MPAM determinou:

  • apresentação dos indicadores de continuidade e frequência de interrupções (DEC e FEC) específicos de Tefé;

  • cronograma de investimentos estruturais na rede de distribuição;

  • plano de contingência para reduzir a dependência de um produtor independente;

  • melhorias na comunicação com os consumidores;

  • implementação de sistema automático de compensação financeira;

  • comprovação da execução integral dos recursos previstos no termo de ajustamento de conduta (TAC) firmado em 2022.

O órgão ministerial ressaltou que, em caso de descumprimento, poderá propor ação civil pública e executar de imediato o TAC em vigor.

Impactos para a população

Segundo o promotor Vitor Rafael Honorato, a recomendação busca garantir os direitos da população de Tefé, que vem enfrentando sérios prejuízos em razão da má qualidade do serviço.
“O cumprimento desta recomendação representará não apenas a adequação à legislação vigente, mas também uma demonstração de responsabilidade social corporativa e de compromisso efetivo com a população atendida”, afirmou.

Ele acrescentou que melhorias no sistema elétrico terão efeitos diretos sobre a economia local, a qualidade dos serviços públicos e o desenvolvimento sustentável da região.

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