
A pré-candidata ao governo do Amazonas, Professora Maria do Carmo (PL), voltou suas críticas à atuação da Polícia Federal durante a megaoperação realizada em Humaitá e Manicoré, na segunda-feira (15). A ação, que incluiu explosões em massa de dragas, helicópteros sobrevoando em baixa altura e uso de bombas de gás contra moradores, foi considerada por ela uma demonstração de força desnecessária.
População como alvo indireto
Para Maria do Carmo, a operação atingiu não apenas os garimpos ilegais, mas também a vida cotidiana da população local. Ela destacou que os moradores se sentiram intimidados em um momento especial para Manicoré, que celebrava o dia de sua padroeira, Nossa Senhora das Dores.
“Combater o garimpo é necessário, mas transformar isso em um espetáculo que aterroriza comunidades é inaceitável. Não se pode punir inocentes em nome de uma ação midiática”, afirmou.
Críticas ao governo Lula
A professora também usou a ocasião para criticar o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), a quem acusou de adotar medidas que enfraquecem o desenvolvimento do Amazonas. Segundo ela, o governo federal cria barreiras para atividades produtivas no Estado, enquanto toma decisões que impactam diretamente a população.
“Nosso povo continua pobre em um Estado rico. O governo federal não libera e nem organiza atividades extrativistas, mas vende refinarias para a China e quer privatizar o rio Madeira. Até quando o caboclo vai ter que pagar para viver no que sempre foi seu?”, questionou.
Rio Madeira em debate
Maria do Carmo citou o Decreto nº 12.600, publicado em 28 de agosto, que incluiu a hidrovia do Madeira no Programa Nacional de Desestatização. Para a pré-candidata, a medida significa mais custos para quem depende do rio e mais lucros para grandes grupos econômicos.
“Todos sabemos onde isso vai dar: mais uma conta para o povo pagar, enquanto os de sempre lucram”, criticou.
Discurso de mudança
Encerrando sua manifestação, Maria do Carmo defendeu uma guinada na política do Amazonas.
“Chega da política do atraso e do ‘não pode’. O Amazonas precisa de quem queira servir e transformar vidas. Aqui começa o Brasil, e é daqui que vamos mostrar a força de um Estado grande de verdade”, finalizou.










